“Os seguros se modernizam para ampliar seu alcance na tarefa de minimizar riscos e reparar danos em meio a mudanças estruturais no Brasil e no mundo”, informa o título do caderno especial sobre seguros que o Jornal O Globo publicou nesta terça-feira, dia 31.

Na matéria intitulada “Seguradoras aceleram o passo”, o presidente da CNseg, Dyogo Oliveira, informa que há muita inovação no setor segurador, que está muito conectado com a realidade. “Para empresas, por exemplo, há seguros contra ações trabalhistas que atendem a regras da agenda ESG (sigla em inglês para ações ambientais, sociais e de governança)”. No mesmo texto, o Jornal informa que a CNseg apresentou recentemente ao Ministério da Integração Nacional e do Desenvolvimento Regional uma proposta para a criação do Seguro Obrigatório de Catástrofe, que visa a proteção da população contra inundações, alagamentos e desmoronamentos relacionados a chuvas, em um contexto de uma maior frequência de catástrofes ambientais devido às mudanças climáticas.

O presidente da CNseg também considera que a digitalização terá um papel importante para ajudar a resolver “um dos principais gargalos do setor”, que é o baixo conhecimento da população, principalmente das classes mais baixas, sobre os produtos do setor. Como exemplo, citou a existência de seguros de vida a partir de R$10,00 e de seguros residenciais para casas de R$500 mil por R$500,00 anuais.

Seguro Rural

As mudanças climáticas e seus impactos no agronegócio também fazem aumentar a demanda pelo Seguro Rural mas, apesar disso, a expectativa não cumprida de que o Governo Federal aumentaria o subsídio da proteção frustrou o mercado, informa matéria de título “Clima eleva a busca por proteção no campo”. “Há demanda grande, especialmente dos produtores do Sul, atingidos pelas chuvas. A expectativa era que o governo colocasse mais R$ 500 milhões, além do R$ 1 bilhão que oferece por ano, mas isso não aconteceu e revisamos nossa projeção de crescimento do segmento”, afirmou o presidente da CNseg.

Seguro Viagem

A pandemia da Covid-19, mas também outros fatores, como o aumento dos conflitos armados pelo mundo, fizeram aumentar a percepção nas pessoas sobre a importância do Seguro Viagem, principalmente nas viagens internacionais. A matéria “Melhor prevenir que remediar” informa que o Seguro Viagem, além de cobrir despesas médicas, abrange imprevistos como cancelamento de viagens, gastos com documentação, extravio de bagagens e furtos de bens pessoais.

Seguro Residencial

O Seguro Residencial atrai cada vez mais consumidores com assistência técnica e serviços como pequenos reparos, informa a matéria “Para casa, vale mais o serviço” que explica que, apesar de todos os benefícios e o baixo custo, a proteção não alcança nem 20% das residências. Mas as seguradoras têm atuado para mudar esse quadro, aumentando a oferta desses serviços, “já que a maioria das pessoas não espera ter que usar a cobertura obrigatória, que protege o imóvel de danos graves”, tais como incêndios raios e explosões.

Seguros de Vida

As pessoas estão vivendo mais e isso impacta o segmento de Seguros de Vida e estimula a criação de novos produtos e de coberturas adicionais, que podem ser usufruídas em vida, informa a matéria “Mercado se adapta às vidas mais longas”. O grande desafio das seguradoras diante do envelhecimento da população, diz o texto, é arejar a carteira, fazendo os jovens contratarem a proteção.

Seguro Saúde

A “tempestade perfeita no segmento de saúde”, como informa a manchete de outra das matérias do especial de O Globo, ocorre, entre outras razões, em função do envelhecimento da população, da inclusão de novas e caras tecnologias e das fraudes. O setor de saúde suplementar fechou o primeiro semestre deste ano com um resultado operacional negativo de R$ 4,3 bilhões. As fraudes, inclusive, fizeram a FenaSaúde ingressar com três notícias-crime no Ministério Público de São Paulo pedindo a apuração de indícios de fraudes que somam R$ 51 milhões contra nove operadoras.

Seguro de Automóvel

O produto que mais gera lucro para as seguradoras, o Seguro de Automóvel, é, também, o com o maior índice de sinistralidades. Com apenas 30% da frota brasileira segurada, as seguradoras têm aproveitado a modernização das normas regulatórias do setor para lançar produtos mais flexíveis, com custos mais baixos. Uma das alternativas para quem quer um seguro mais barato, informa a matéria “Seguro desliga com o carro” é uma nova modalidade chamada pay per use, em que o seguro só é ativado quando o carro sai da garagem, reduzindo o valor da proteção para aqueles que usam pouco o veículo.

Tecnologia no setor

Apesar dos grandes avanços dos últimos anos do uso da tecnologia no setor segurador, a inteligência artificial chega como uma poderosa ferramenta para o aprimoramento da experiência digital dos clientes, no cruzamento de dados, na medição de riscos, no combate às fraudes e até no open insurance, um sistema em que os consumidores autorizam o compartilhamento de suas informações entre as seguradoras credenciadas pela Susep, em troca de eventual redução de custos na contratação de seguros.

Outro benefício da inteligência artificial apontado é a aceleração do processo de pagamento de indenização em caso de sinistro, identificando o problema logo no primeiro contato com o cliente, procedendo a triagem da documentação e a finalização do atendimento, na maioria dos casos, sem a ação humana, informou o presidente da FenaPrevi, Edson Franco, na matéria “IA aprofunda uso da tecnologia nas seguradoras”.

Seguros para micro, pequenas e médias empresas

Para reduzir a insegurança dos profissionais autônomos e proprietários de pequenos empreendimentos, que não têm os mesmos recursos das grandes empresas, as seguradoras estão investindo em produtos customizáveis e novos canais de contratação com foco em micro, pequenas e médias empresas. A matéria “Mais segurança, menos custos” informa que, além das coberturas tradicionais como as de incêndio e patrimônio, há seguradoras que oferecem proteções contra queda ou quebra de painéis solares e até danos causados a vitrines e jardins, além de arcar com indenizações em caso de danos morais a consumidores.

O Caderno Especial sobre Seguros no Jornal O Globo pode ser lido na internet, mas com exclusividade para os assinantes.

 

Fonte: Cnseg