Coquetel das Lideranças do Mercado Segurador reúne executivos e aborda balanço e agenda estratégica de 2025

Evento da CNseg, realizado na última quinta-feira (11), no Centro de Eventos SP Hall, destacou balanço do setor, avanços regulatórios e a necessidade de união para 2026

O Coquetel das Lideranças do Mercado Segurador 2025, promovido pela CNseg, reuniu seguradoras, corretores, autoridades e representantes institucionais na última quinta-feira (11), no Centro de Eventos SP Hall, em São Paulo. O encontro celebrou as conquistas do ano e abriu espaço para reflexões sobre desafios e prioridades para o setor.

A análise de Dyogo Oliveira, diretor-presidente da CNseg, ganhou centralidade no evento devido ao peso institucional de seu cargo. Ele definiu 2025 como um ano “bittersweet”. “Foi difícil, mas foi bom. Essa é a expressão que traduz este ano”, afirmou.

Segundo Dyogo, o período exigiu do setor resiliência e capacidade de articulação. “Foi o ano de uma agenda muito cheia. Fomos desafiados a criar soluções, encontrar consensos e responder a perguntas complexas.”

Ele destacou a força da pauta regulatória de 2025. “Tivemos a regulamentação das APVs, a regulamentação da nova lei de contrato de seguro, uma COP no Brasil e avanços importantes na previdência com o veto universal.” Apesar das pressões, Dyogo avaliou o desempenho do mercado como positivo. “O mercado continua crescendo e deve fechar o ano com alta entre 8% e 8,5%. Sinistralidade controlada, despesas controladas. Um ano positivo.”

O dirigente reforçou ainda as vitórias institucionais obtidas ao longo do ano. “Avançamos muito junto ao Legislativo e ao Executivo. A aprovação da LDO incluindo o seguro rural é um marco.” Dyogo também chamou atenção para um desafio cultural. “Estamos dentro da bolha do mundo de seguros. Quem tem seguro entende sua importância. Quem não tem enxerga tudo embaçado. Não estamos conseguindo falar com esse cara.”

Roberto Santos, presidente do Conselho Diretor da CNseg, apresentou sua leitura do desempenho recente do mercado. “Mais um ano que se encerra e este não foi diferente dos anteriores. Nada é fácil, sempre muita luta”, afirmou.

Ele destacou o peso do VGBL nos resultados. “Se retirarmos o efeito avassalador do VGBL, o mercado cresce apenas 1,7%. A importância do VGBL é muito grande; recursos foram migrados para outros investimentos e deixaram o nosso mercado.”

Roberto comentou sobre os marcos relevantes para o setor. “A nova lei de seguros entra em vigor exatamente hoje. Também tivemos a regulamentação das associações de proteção veicular e cooperativas, algo de grande importância para a sociedade.” 

O dirigente celebrou ainda o protagonismo internacional do setor. “Pela primeira vez em uma COP, o mercado de seguros mostrou sua cara de forma vibrante e importante.” Ele concluiu destacando ganhos de eficiência. “O índice administrativo cai este ano de 18% para 16%. Isso traduz competitividade. O seguro fica mais barato e passa a ser mais necessário.”

O presidente da ENS, Lucas Vergílio, falou sobre o forte impacto regulatório de 2025 e reforçou o papel da união institucional. “Foi um ano muito complexo, onde, desde o decreto de 1973, nunca houve tantas mudanças nas regras do setor.”

Vergílio ressalta que 2026 dependerá de maior articulação política. “Nosso alinhamento entre seguradores e corretores é mais necessário do que nunca. Caminhando juntos em Brasília, vamos colocar a agenda do setor com a relevância que ela merece.”, e explicou o papel da Escola de Negócios e Seguros na qualificação profissional. “Conseguimos levar qualificação ao corretor em todo o país e desenvolver produtos para que ele cresça sua carteira. A FENACOR e a CNseg estão unidas como nunca.”

O Coquetel marcou o encerramento oficial das agendas públicas do setor em 2025, reforçando a importância da cooperação institucional e da consolidação das recentes transformações regulatórias. O mercado projeta um 2026 de continuidade, fortalecimento da interlocução com o governo e ampliação da cultura de seguros no país.

Fonte: CQCS