Alba Seguradora aposta em tecnologia e mira salto de expansão até 2027

A Alba Seguradora deu início a uma reestruturação considerada a mais ampla de sua história, marcando o início de um novo ciclo de crescimento projetado para 2026 e 2027. A movimentação, divulgada pelo blog Sonho Seguro, mostra que a companhia, liderada pelo CEO Carlos Alberto Trindade, avança em três frentes estratégicas: modernização tecnológica, reorganização comercial e criação de sua própria corretora cativa, um passo que reposiciona o grupo em um patamar mais robusto de eficiência e governança.

Segundo informações do Sonho Seguro, o plano contempla cerca de R$ 20 milhões em investimentos em tecnologia nos próximos dois anos para o grupo Aliança, conglomerado que reúne operações de seguros, imobiliário e agropecuária. Para liderar essa transformação, a seguradora trouxe Gustavo Croitor, ex-vice-presidente de tecnologia da Alper Seguros, que já fazia parte do conselho consultivo da Alba e agora assume oficialmente o cargo de CTO. Ele comandará a modernização de servidores, ambientes em nuvem, segurança cibernética, novos sistemas e a implantação da plataforma InsureMO.

De acordo com o Sonho Seguro, Trindade reforça que a tecnologia será a espinha dorsal da nova fase. “A plataforma funcionará como trilho de APIs para conectar a companhia ao mercado de forma mais flexível, rápida e integrada. A expectativa é que a implantação completa leve entre 18 e 24 meses e permita ganhos de produtividade, melhor governança de dados e maior velocidade nas integrações com parceiros”, afirmou ao portal.

A publicação também destaca que, paralelamente ao avanço tecnológico, o grupo Aliança irá estruturar sua própria corretora cativa, que irá centralizar a organização e a negociação de todas as apólices do conglomerado, incluindo patrimonial, saúde e demais seguros das diversas empresas e ativos do grupo. A operação será comandada por Solon Barretto, que deixou a vice-presidência comercial da seguradora para se dedicar integralmente ao novo projeto. Durante a transição, Trindade acumula a responsabilidade pela área comercial.

O Sonho Seguro aponta que a criação da corretora cativa também abrirá novas frentes de negócios, permitindo a comercialização de produtos que a própria seguradora não opera diretamente, fortalecendo o ecossistema do grupo e ampliando seu portfólio.

Outro ponto trazido pelo portal é que a reestruturação acompanha o crescimento recente da Alba em diversas linhas. A seguradora já atua em vida individual, ramos elementares para pequenas empresas, garantia estendida e produtos com sorteios. A expansão ganhou tração com a MGA Arca, especializada em riscos diversos e equipamentos, além de novas parcerias com MGAs focadas em property, responsabilidade civil geral para médias e grandes empresas e outros projetos ainda em avaliação.

O blog também relembra que, no aspecto comercial, a Alba ampliou sua atuação por meio das assessorias de seguros, fortalecendo a presença nacional mesmo com estruturas físicas apenas em São Paulo e Salvador, movimento alinhado à tendência do mercado de substituir filiais por redes de assessorias distribuídas pelo país.

Outra frente mencionada pelo Sonho Seguro é a aproximação da seguradora com cooperativas de crédito e associações patrimoniais, segmentos que passam por regulamentação e buscam parceiros para estruturar operações de seguros com maior agilidade e menor custo. As conversas ainda são iniciais, mas Trindade enxerga forte potencial nesse novo canal de distribuição.

Segundo o CEO, em fala repercutida pelo portal, este momento representa uma virada significativa para a companhia. O crescimento da demanda exigiu uma base tecnológica mais consistente e integrada, substituindo um modelo em que customizações eram realizadas por áreas distintas e dispersas.

Trindade ressaltou que a combinação entre inovação tecnológica, reorganização comercial, fortalecimento das MGAs, aproveitamento do ecossistema do grupo e diversificação dos canais colocam a Alba Seguradora em uma nova trajetória. A estratégia, afirma, deve posicionar a companhia em um patamar superior de eficiência, governança e competitividade.

Fonte: CQCS