Inovação e propósito marcam novas jornadas para o futuro do seguro no segundo dia do CQCS Inovação

O segundo dia do CQCS Inovação 2025, realizado em 12 de novembro, reuniu especialistas na sala 5 para tratar do tema “Jornadas Transformadoras de Inovação em Seguros”. O debate contou com Paulo Miller, Coordenador-Geral da Susep, Nuno David, Sócio e Cofundador da Syntropia, e Rodrigo Tabarez, Sócio da Deloitte Brasil, que destacaram como a inovação, a tecnologia e o conhecimento aplicado estão moldando uma nova era no setor de seguros, mais integrada, humana e orientada por dados.

 

O Coordenador-Geral da Susep, que apresentou o Laboratório de Inovação em Seguros, projeto inovador que está sendo desenvolvido pela autarquia em parceria com o Instituto de Matemática Pura e Aplicada (IMPA), no Rio de Janeiro, e reforçou a importância do CQCS Inovação: O evento é importante não só para a Susep, mas para o setor como um todo, porque esse tema da inovação está muito em voga agora. Não é nem uma questão de escolha, é uma necessidade. O setor vai ter de enfrentar todos esses desafios novos que estão aparecendo, precisando se reinventar, trazer novas tecnologias e se inserir nessa nova realidade que o mundo está vivendo.”

 

Na sequência, Rodrigo Tabarez apresentou dados da pesquisa Deloitte Global Insurance Outlook 2026 e destacou a importância de enxergar o futuro sob a ótica da transformação: “Quando falamos em jornadas transformadoras de inovação, estamos falando de mudança, e mudança faz referência ao passado, ao presente e ao futuro. Antes de olharmos para o futuro, precisamos entender o contexto atual. O Brasil é uma das maiores economias do mundo, mas, quando olhamos para o mercado de seguros, estamos apenas na 12ª posição global. Isso mostra um gap importante em relação ao nosso potencial de crescimento”, observou.

 

De acordo com o executivo, o mercado brasileiro vive um momento de oportunidade e aceleração. “O desafio é aumentar a penetração do seguro na população brasileira, mas a oportunidade é que o nosso mercado está crescendo em um ritmo muito mais acelerado que o de outros países. Enquanto as economias emergentes crescem, em média, 2,5% ao ano, o mercado brasileiro de seguros projeta crescimento entre 7,5% e 10% em 2025”, apontou.

 

Encerrando o painel, Nuno David trouxe uma reflexão sobre o papel humano nas novas jornadas de inovação e o fortalecimento de comunidades autodefinidas: “A nossa contribuição foi deixar claro o quanto o mercado está mudando e o quanto essa mudança se constitui numa enorme oportunidade e num enorme desafio para os operadores que estão hoje no mercado de seguros no Brasil, mas também para aqueles que estão entrando neste mercado.”

 

O painel reforçou que inovação e supervisão caminham juntas, e que o futuro do seguro no Brasil passa pela união entre tecnologia, propósito e sensibilidade humana.

 

Fonte: CQCS