As seguradoras, entidades de previdência aberta e empresas de capitalização supervisionadas pela Susep arrecadaram R$ 247,45 bilhões entre janeiro e julho de 2025. O montante representa queda nominal de 0,98% em relação ao mesmo período do ano passado, quando o setor havia somado R$ 249,91 bilhões. Em termos reais, descontada a inflação, a retração foi de 5,96%.
Apesar da estabilidade nas receitas totais, os desembolsos das companhias cresceram. As indenizações, resgates, benefícios e sorteios alcançaram R$ 154,02 bilhões no acumulado de sete meses, avanço nominal de 9,3% frente ao mesmo período de 2024boletimsusepjulho2025. Apenas em julho, o setor devolveu R$ 22,69 bilhões à sociedade, sendo R$ 6,35 bilhões em indenizações de seguros.
O segmento de seguros de pessoas e danos (excluindo VGBL) arrecadou R$ 126,8 bilhões, alta nominal de 7,54% e real de 2,14% sobre 2024. Os produtos de acumulação (VGBL, PGBL e previdência tradicional) arrecadaram R$ 100,81 bilhões no período, queda nominal de 11,63% na comparação anual. Só o VGBL, maior produto da categoria, recuou 12,24%. O recuo é explicado pela concorrência direta com aplicações de renda fixa de curto prazo, favorecidas pelos juros altos, e pelo aumento dos resgates, usado por famílias para reforçar liquidez em meio ao aperto de crédito.
Nos seguros de pessoas, o total arrecadado foi de R$ 43,68 bilhões, crescimento nominal de 7,96%. O seguro de vida respondeu por quase metade desse volume, com R$ 21,43 bilhões (+10,83%). O seguro prestamista arrecadou R$ 12,25 bilhões (+4,55%), enquanto acidentes pessoais avançaram 3,81%.
Nos seguros de danos, as receitas chegaram a R$ 83,13 bilhões (+7,32% nominais). O seguro auto segue como líder, com R$ 34,56 bilhões, representando 42% da carteira e avanço nominal de 5,92%. Outros destaques foram o seguro compreensivo (R$ 7,12 bilhões, +12,74%), habitacional (+12,69%) e financeiros (+19,05%). Já o seguro rural registrou queda nominal de 3,12%.
Na contramão, a capitalização manteve expansão: R$ 19,83 bilhões em receitas até julho, crescimento de 10,71% frente a 2024. A modalidade tradicional responde por 72% desse total.
Fonte: Fenacor