Nós estamos vivendo a maior transformação na proteção securitária do país desde 1966. A afirmação foi feita pelo diretor da Susep, Airton Renato de Almeida, ao participar, nesta segunda-feira (01), do debate sobre o tema “Reflexões sobre a Resolução CNSP – LC 213/2025”, realizado pela Escola de Negócios e Seguros (ENS). Segundo ele, essa lei traz uma possibilidade concreta de atrair para o mercado mais de 35 milhões de brasileiros que estão no universo das associações e das cooperativas.
Ele destacou ainda a importância do debate em torno da regulamentação, seja em debates ou através da consulta púbica que está sendo realizada pela Susep. “Nós estamos aqui discutindo a regulação. Nós estamos fazendo regulação aqui. A regulação não acontece em um quarto escuro. Ela acontece escutando a sociedade”, frisou.
Por sua vez, o presidente da Fenacor, Armando Vergilio, pontuou que esse processo de regulamentação da Lei Complementar 213/25 terá impacto no crescimento do mercado de seguros. “O setor vai crescer se tiver novos produtos, que venham ao encontro de uma realidade financeira e econômica diferente daquela que talvez o mercado de seguros tradicional já esteja habituado. A concorrência é fundamental. A qualificação também, porque se não tiver qualificação, se não tiver preparo, não vai prosperar”, assinalou.
Já o presidente da ENS, Lucas Vergilio, lembrou que a nova lei impacta diretamente também o Corretor de Seguros, pois há o reconhecimento formal da atuação da categoria. “Hoje, há mais de 2.200 associações cadastradas. A gente espera que isso abra novas frentes de negócios para o Corretor e produtos com mais credibilidade. Eu acredito no estímulo à concorrência e à qualidade desses produtos e também à profissionalização do setor. A partir do momento que houver essa regulamentação, haverá uma maior profissionalização daqueles que já estão nesse mercado. E o Corretor de Seguros também vai ter que cumprir muitas exigências, terá que se qualificar. A ENS está à disposição para atender essa necessidade”, acentuou.
O debate teve como mediador o consultor o ex-diretor da Susep, Marcelo Rocha.
Fonte: CQCS