Em 1990, o presidente da Federação Nacional de Seguros Privados e Capitalização, em uma matéria para a Revista de Seguros, destacou a importância da formação de especialistas e técnicos de seguros em informática:
“De nada adianta uma empresa promover sua total modernização, adquirindo equipamentos, incorporando tecnologia ou desenvolvendo mecanismos de “soft” ou “hard”, sem que o seu pessoal acompanhe este desenvolvimento e não apenas aqueles profissionais credenciados para o exercício da função” – Rubens dos Santos Dias, presidente da Federação Nacional de Seguros Privados e Capitalização
Rubens já compreendia, naquela época, o papel fundamental da inovação no mercado segurador. Com isso, ajudou a construir um cenário que previa a integração entre produtividade e tecnologia. Mas será que ele imaginava à proporção que isso tomaria?
A necessidade de seguir a inovação e evolução no mercado segurador
O governo da época já dava sinais claros de abertura econômica, forçando o empresário a pensar de forma mais competitiva para garantir espaço no mercado. Nesse contexto, a informática ganhou destaque também no setor de seguros, que passou a usar computadores para manter as operações funcionando, mesmo à distância.
Entre as inovações tecnológicas, uma exigência permanece: a especialização dos profissionais. Desde 1990, esta postura é tão estratégica quanto os investimentos em ferramentas tecnológicas.
A inteligência artificial no mercado segurador
Mesmo naquela época, o setor já vislumbrava grandes avanços tecnológicos. Rubens afirmava:
“Baseados em experiências anteriores e no conhecimento acumulado, sistemas especializados poderão sugerir a tomada de decisão diante de determinados problemas, a partir de um simples comando vocal”
Hoje, essa previsão se concretizou. A inteligência artificial está revolucionando o mercado segurador, com inovações em áreas como personalização de produtos, gestão de riscos, prevenção de fraudes e automação de processos. Ela também agiliza o atendimento e identifica comportamentos suspeitos com muito mais precisão.
Na década de 1990, imaginava-se que nos primeiros anos dos anos 2000 cada família de classe média teria ao menos um computador em casa. Atualmente, o Brasil já ultrapassa a marca de um celular por pessoa, segundo a 35ª Pesquisa Anual do FGVcia. Isso mostra que a inovação não só transformou o mercado segurador, como também impactou profundamente seus consumidores.
O que se espera para o futuro do mercado segurador?
O mercado segurador brasileiro caminha para uma era ainda mais tecnológica. Ferramentas como inteligência artificial, big data e blockchain vêm se consolidando, impulsionando a eficiência e a personalização no atendimento ao cliente.
Segundo a Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), o setor está em plena expansão, com previsão de crescer mais de 10% em 2025. A expectativa é que o seguro represente 6,4% do PIB até o fim do ano.
Se em 1990 a tecnologia era uma promessa, hoje ela é o motor que impulsiona o seguro para o futuro.
Fonte: Segs