Bradesco Seguros cria produtos como a proteção contra riscos cibernéticos
É indiscutível o rápido avanço da informática, dos aplicativos, da inteligência artificial. Tão veloz quanto, surgem os crimes nesse novo mundo digital, alguns deles com alto grau de sofisticação. Compartilhamento de Incidentes Cibernéticos (CIC) é uma plataforma criada pela CNseg (Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência e Capitalização), pela qual empresas relatam incidentes cibernéticos, num ambiente confidencial. No primeiro semestre de 2025, a CIC registrou 253 alertas. Em todo 2024, tinham sido 110. Eis aí um dos maiores desafios das seguradoras, segundo Ivan Gontijo, presidente da Bradesco Seguros.
“Os riscos cibernéticos se intensificaram e exigem respostas rápidas”, diz ele. A resposta da Bradesco valeu-se de uma joint venture mantida com a Swiss Re desde 2017 para seguros de alto risco. Surgiu, assim, um produto exclusivo para riscos cibernéticos a pequenas e médias empresas. “Ele reforça nosso compromisso com a inovação responsável e com a proteção dos clientes diante de ameaças cada vez mais complexas.”
Trata-se de exemplo de uma gestão mais uma vez premiada como campeã do setor, impulsionada, segundo Gontijo, pela combinação de consistência operacional e visão estratégica. “Adotamos uma abordagem ambidestra: equilíbrio na execução e desenvolvimento de competências futuras.”
Tem dado certo, como confirmam os resultados de 2024. O grupo Bradesco Seguros como um todo (incluídas outras empresas nos segmentos de previdência, capitalização e saúde) teve o maior lucro da sua série histórica (R$ 9,1 bilhões) e um retorno médio sobre o patrimônio de 22,4%. Tudo impulsionado pela redução do índice de sinistralidade em quatro pontos percentuais. E não perdeu o ritmo: no primeiro semestre de 2025, o lucro atingiu R$ 4,7 bilhões, com alta de 14,2% em relação ao mesmo período de 2024. O retorno sobre o patrimônio foi de 0,8% para 21,7%.
Chegar a ser campeã setorial com base nos seis desafios propostos pela pesquisa conduzida por Época NEGÓCIOS é fruto também, para Gontijo, do equilíbrio entre desempenho operacional, foco estratégico e centralidade no cliente. “Adotamos uma abordagem integrada de gestão, baseada em disciplina na execução, investimento contínuo em tecnologia e atuação transversal das lideranças, o que nos permite responder com agilidade e responsabilidade aos desafios do setor.”
Aplicação de tecnologia para tornar as operações mais eficientes e conectadas às expectativas dos clientes foi importante para o bom desempenho. Iniciativas como o uso de inteligência artificial na regulação de sinistros e o fortalecimento das jornadas digitais contribuíram diretamente. A inteligência artificial é aplicada na subscrição (avaliação para aceitação ou não de uma proposta), análise de sinistros, atendimento e personalização.
Além disso, a companhia conta com o programa DesBRAva, lançado em 2024. É uma iniciativa com a intenção de formar “influenciadores de inovação” dentro da companhia. A ideia é proporcionar aos funcionários conhecimento em competências, metodologia, visão estratégica e ferramentas de inovação.
“Como próximos passos”, diz Gontijo, “seguimos com a expansão da inteligência artificial generativa aplicada às bases de conhecimento, à personalização em escala e ao fortalecimento das ações ESG, com foco em inovação sustentável e inclusão real em toda a experiência do cliente, com aprofundamento da escuta ativa”.
Fonte: Época Negócios – Online








