Ministro da Agricultura disse que preço alto das apólices atrapalha o papel do programa
O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, afirmou nesta terça-feira que o seguro rural perdeu sua efetividade, e não cumpre mais o seu papel. Segundo ele, o governo discute mudanças para atualizar o modelo vigente.
Fávaro se reuniu com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para tratar sobre o assunto.
— Eu venho falando isso muito com vocês, o seguro rural é uma ferramenta muito importante, mas que não cumpre mais a sua finalidade no Brasil — disse para jornalistas na saída do Ministério da Fazenda.
Segundo o ministro da Agricultura, o governo discute mudanças para tornar o seguro mais acessível para agricultores.
— Nós estudamos muito, durante o ano, a equipe do secretário (de Políticas Econômicas da Fazenda) Guilherme (Mello), também o planejamento estratégico, e a gente tem uma proposta, devemos trazer uma proposta, trazer para o Brasil definitivamente o seguro paramétrico, a universalização do seguro rural também para os produtores rurais.
O Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR) prevê a contratação de uma apólice com o governo — documento que formaliza o contrato de um seguro — para produtores rurais minimizarem suas perdas financeiras em caso de prejuízo à sua lavoura por fatores climáticos.
Fávaro argumenta que o preço das apólices está muito alto, o que inviabiliza o acesso para a maioria dos produtores rurais. Sem o seguro, o endividamento do campo aumenta significativamente, segundo o ministro.
— Isso vai minimizar o impacto por exemplo de negociar a dívida, porque acaba caindo no Tesouro de volta. Quando ele sofre um problema e está descoberto de seguro ele vem aqui repactuar as dívidas deles e impacta o Orçamento.
Fonte: O Globo




