Um tornado de grandes proporções atingiu Rio Bonito do Iguaçu, no Paraná, na última sexta-feira (7), resultando em sete mortes e milhares de desabrigados. O evento soma-se a uma série de desastres naturais que têm afetado o Brasil, expondo a baixa adesão ao seguro residencial no país – apenas 17% das residências brasileiras contam com proteção contra desastres.
Nos últimos três anos, o Brasil registrou 67 eventos climáticos de grande porte, gerando prejuízos superiores a R$ 180 bilhões. Em contraste com países desenvolvidos, como a França, onde 97% das residências possuem seguro, o Brasil apresenta uma vulnerabilidade significativa diante das mudanças climáticas.
Em entrevista ao CNN Money, Dyogo Oliveira, presidente da Confederação Nacional das Seguradoras, explica as soluções buscadas pelo setor no Brasil. Uma das estratégias discutidas é a ampliação da base de segurados, que permitiria diluir custos e tornar os seguros mais acessíveis. Dyogo também destaca que é necessário a criação de um fundo social de catástrofe com objetivo de antecipar quando esses eventos ocorrerem. Para isso, especialistas apontam a necessidade de parcerias entre setores público e privado.
O risco climático hoje afeta todos os setores da economia. Desde o agronegócio até a indústria automotiva, como demonstrado recentemente em São Paulo, onde uma fábrica sofreu danos significativos devido a um vendaval. A necessidade de proteção se estende também a projetos baseados na natureza e iniciativas de transição econômica.
Entre as propostas em discussão está a criação de um fundo social de catástrofes, especialmente voltado para populações vulneráveis afetadas por enchentes. O modelo se inspira em experiências internacionais, como o México, que possui um fundo de catástrofes climáticas com participação de seguros e recursos governamentais.
A Superintendência de Seguros Privados (Susep) constituiu um grupo de trabalho para discutir melhorias regulatórias e de mercado visando ampliar o atendimento à população. Atualmente, apenas 15% dos incidentes climáticos no Brasil têm cobertura de seguros, enquanto nos Estados Unidos e Europa esse percentual alcança 55% a 60%.
Fonte: MSN Notícias








