Pesquisa aponta que adesão ao seguro de vida é 2,5 vezes maior entre os brasileiros que possuem previdência privada
No planejamento financeiro, a combinação entre previdência privada e seguro de vida está surgindo como um dos métodos mais eficazes para garantir mais estabilidade econômica a longo prazo, especialmente na aposentadoria.
Entre os brasileiros que possuem previdência privada, 44% também contam com um seguro de vida, percentual 2,5 vezes maior do que os que não aplicam nessa modalidade de investimento.
Os dados fazem parte de uma pesquisa encomendada pela Bradesco Vida e Previdência ao Instituto Datafolha, que entrevistou 2.007 pessoas de todo o país com idade a partir de 16 anos em dezembro de 2024. O estudo teve como objetivo medir o conhecimento do brasileiro sobre a previdência privada.
Segundo Estevão Scripilliti, diretor da Bradesco Vida e Previdência, a previdência privada e o seguro de vida são soluções complementares fundamentais para um planejamento financeiro sólido para o futuro.
“Enquanto a previdência permite a acumulação de recursos para o futuro, propiciando a realização de projetos e estabilidade nas etapas de vida mais avançadas, o seguro de vida protege a família e o patrimônio diante dos mais diversos imprevistos, desde a perda temporária de renda até a cobertura de doenças graves”, explica.
A diretora de parcerias financeiras da MAG Seguros, Larissa Althoff, afirma que a combinação desses dois instrumentos é a soma de uma acumulação de longo prazo com a proteção imediata.
“A previdência acumula e o seguro preserva. Juntos, eles garantem liquidez imediata na ausência do titular, asseguram uma continuidade do patrimônio e mais tranquilidade para o titular e sua família”, afirma.
O levantamento aponta ainda que 71% dos entrevistados com previdência privada afirmam possuir uma poupança, frente a 47% entre os que não contam com um plano. Além disso, 69% dizem ter uma reserva financeira para emergências, contra 40% daqueles que não investem na previdência.
“Quem investe em previdência tende a adotar uma postura mais estruturada em relação às finanças, que inclui não apenas a preparação para o futuro, mas também a preocupação de contar com um lastro financeiro para fazer frente a eventuais imprevistos.”— diz Estevão Scripilliti, da Bradesco Vida e Previdência
Por que combinar previdência privada e seguro de vida?
De acordo com Althoff, da MAG, o seguro de vida atua principalmente antes da aposentadoria, oferecendo proteção imediata para o titular e seus dependentes, podendo ser acionado em caso de morte ou invalidez, como acidentes e doenças graves, para substituir renda e quitar dívidas. A ferramenta financeira também pode ser útil para despesas durante o processo sucessório, como os gastos com inventário.
“O seguro facilita a transmissão do patrimônio de forma harmoniosa. E, claro, vai preservar o padrão de vida dos herdeiros. E tudo isso sem dilapidar o patrimônio que foi construído ao longo de uma vida de trabalho.”— explica Larissa Althoff, da MAG Seguros
No caso de empresas, o seguro de vida pode diminuir os impactos financeiros e operacionais na ausência inesperada de um proprietário ou sócio.
Isso porque a apólice (contrato de seguro) pode garantir uma indenização financeira imediata à família ou aos herdeiros, o que ajuda a compensar a perda de renda e a proteger o patrimônio construído. É uma forma de evitar que a empresa precise usar seus próprios recursos ou vender ativos para cobrir essas despesas.
“Já no caso da previdência privada, a grande diferença é que ela tem como ponto central proteger durante e após aposentadoria através de um capital acumulado. Isso vai gerar uma renda complementar e claro, estabilidade financeira nesse momento da aposentadoria”, aponta Althoff.
No aspecto fiscal e sucessório, os dois produtos apresentam vantagens semelhantes e complementares: ambas as soluções não entram em inventário, garantindo liquidez imediata para os beneficiários, e não sofrem incidência do ITCMD (Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação), “o que faz o valor seguir limpo para os herdeiros”, segundo a diretora da MAG.
Fonte: Vitor Hugo Batista (via Infomoney)