Na tarde do dia 27/09, no último dia do Conec 2025, o palco SinergIA Digital recebeu a trilha “Reforma Tributária vai mudar tudo – até o Simples?”, que discutiu os efeitos da Lei Complementar 214/2025 sobre o setor de seguros. Participaram do painel Odeir Vilar (diretor da Regional Fernandópolis do Sincor-SP), Mauricio Tadeu de Luca Gonçalves (diretor da Partwork), Régis Beraldinelle Renzi (coordenador do Comitê Contábil e Tributário do Sincor-SP), Marcos Alonso (diretor da Regional Ribeirão Preto do Sincor-SP) e Carlos Melo (sócio do Grupo CAOM).
O debate trouxe análises sobre o calendário de transição e os ajustes que corretores e seguradoras deverão enfrentar. Régis Beraldinelle Renzi destacou que 2026 será um ano decisivo, marcado por testes e adaptações. “Muito cuidado: 2026 é o ano do ajuste e do conserto”, afirmou, lembrando que, a partir de 2027, PIS e Cofins deixarão de existir, em um processo que se estende até 2033.
Na avaliação de Mauricio Tadeu de Luca Gonçalves, as mudanças já começam a ser sentidas no curto prazo. Ele ressaltou que, a partir de janeiro de 2026, haverá alterações no sistema de notas fiscais, em um processo gradual até 2033. Além disso, chamou a atenção para a tributação dos dividendos: “Se você tiver algum, tire este ano, porque a partir do ano que vem serão tributados”.
O painel também explorou desafios específicos do setor de seguros. Alexandre explicou que tanto corretores quanto seguradoras irão operar em regime não cumulativo. Para as companhias, o imposto devido passará a variar de acordo com o perfil do segurado. Ele destacou que, no caso de corretagem para pessoa jurídica, será possível aproveitar créditos da parcela correspondente.
Já Carlos Melo provocou reflexão sobre a adesão ao Simples Nacional, especialmente para corretores de seguros. Segundo ele, “nem sempre o Simples Nacional é a melhor opção para o corretor”, reforçando a necessidade de análise criteriosa diante do novo cenário tributário.
Com diferentes perspectivas, os especialistas reforçaram que a reforma representa não apenas mudanças técnicas, mas também um marco de adaptação cultural e estratégica para o setor.
Fonte: CQCS
 
					







