Conec 2025 destaca PDMS, regulamentação e novos caminhos para o setor de seguros

No segundo dia Conec 2025, realizado em 26 de setembro em São Paulo, líderes do setor de seguros reforçaram a importância do Plano de Desenvolvimento do Mercado Segurador (PDMS) para expandir a cobertura no país e elevar a participação do setor de 6% para 10% do PIB até 2030. Os especialistas ainda apontaram para a regulamentação da proteção patrimonial mutualista, o papel dos corretores como provedores de soluções e a necessidade de qualificação contínua para atuar em segmentos em alta

O setor está avançando com o seu Plano de Desenvolvimento do Mercado Segurador (PDMS). A iniciativa, criada em conjunto, ao longo de seis meses, por seguradoras, corretores e das Federações que compõem a CNseg, reúne 67 iniciativas com o objetivo de ampliar a cobertura de seguros no país. Dessas 67 ações, 25 já foram implementadas, e novas iniciativas vão sendo incorporadas a cada ano, conforme a evolução do setor.

“O PDMS é um plano em construção permanente. Ele [plano] é dividido em quatro eixos: imagem do seguro, fazendo a sociedade perceber a importância de ter um seguro; desenvolvimento dos produtos; canal de distribuição; e canal de regulação”, afirmou o executivo. “O objetivo do PDMS é reduzir o gap de proteção e fazer o seguro alcançar a dimensão que deveria ter no Brasil”, apontou o presidente da CNseg, Dyogo Oliveira.

Manuel Matos, vice-presidente da Fenacor, lembrou que o PDMS já nasceu abrangente e conectado às principais pautas do setor. “O PDMS engloba tudo o que está acontecendo e sinaliza o que pode vir a acontecer no setor de seguros. [Antes da implementação], ele [plano] já tratava das associações de proteção veicular, do Marco Legal do Seguro, das tecnologias, do Open Insurance, entre outros”, disse o dirigente. 

Pauta de debates há anos — e uma das metas alcançadas a partir do PDMS, a regulamentação da proteção patrimonial mutualista também foi acompanhada. A Lei Complementar 213/2025 estabelece diretrizes para a atuação de associações mutualistas e define critérios de governança, transparência e supervisão. “Tinha que ser regulamento. Estamos no caminho certo e é um novo mercado que surge”, pontuou o presidente da Fenacor, Armando Vergilio.

A Superintendência de Seguros Privados (Susep) já colocou em audiência pública a minuta de resolução que vai discipliná-las — quanto para o sistema de proteção patrimonial mutualista, formado pelas administradoras do sistema e pelas associações de proteção patrimonial mutualista. “Esse novo sistema é monoproduto: só pode atuar no casco de automóvel e na cobertura de terceiros vinculada a esse casco”, lembrou Vergilio. 

E para garantir que os corretores entendam as transformações do mercado, a Fenacor prepara um programa que funciona como um plano de desenvolvimento da distribuição de seguros no Brasil. De acordo com o presidente da Federação, para que o corretor de seguros continue protagonista do mercado, ele tem que continuar sendo relevante. E, para isso, precisa se converter em um verdadeiro provedor de soluções. 

“Para fazer isso, ele tem que diversificar sua atuação, abrir o leque. E, para conseguir, precisa se qualificar e se requalificar, precisa atualizar e aperfeiçoar seu conhecimento, mas precisa que as entidades representativas façam esse trabalho também”, afirmou Vergilio. 

Confira aqui o registro do painel.

Fonte: CQCS