A regulamentação do Seguro Universal Life ou Vida Universal no Brasil vai ajudar a reduzir o gap de proteção da população brasileira. A avaliação é do presidente da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (FenaPrevi), Edson Franco. Segundo ele, o setor espera que essas novas regras sejam aprovadas ainda este ano. “Esse produto já é comercializado em outros países com grande sucesso, pois sua flexibilidade permite atender a todas as camadas sociais, se adequando à dinâmica inerente à jornada de vida do cliente”, frisou Franco, em comunicado distribuído pela federação.
Na visão do presidente da FenaPrevi, a recente publicação, pela Susep, da consulta pública referente à minuta de Resolução CNSP, aumentou a expectativa do mercado de poder oferecer em breve os benefícios desse seguro à sociedade.
Segundo relatório da federação, o destaque no primeiro semestre deste ano voltou a ser a evolução do seguro de vida individual. “O crescimento a uma taxa média anual de 29%, desde 2015, é fruto de uma maior conscientização da população, do aumento de leque de produtos e de uma abordagem mais assertiva”, pontua Edson Franco.
Ele ressalta, contudo, que ainda há muito a crescer, pois apenas 18% da população tem seguro de vida, sendo que 48% são da classe A/B, 44% da classe C e apenas 8% da classe D. “Precisamos chegar a todos os brasileiros”, enfatiza Franco.
O relatório da Federação ainda destaca que nos seis primeiros meses de 2025 foram pagos R$ 8,3 bilhões em benefícios (denominados como sinistros) às pessoas e famílias seguradas. Esse montante é 5,8% maior do que o resultado do primeiro semestre do ano passado.
Ao avaliar os valores pagos por produto, percebe-se que 52% do total é decorrente das indenizações do seguro de Vida (modalidades individual e coletiva), 23% do Prestamista e 11% de Acidentes Pessoais.
Quanto à variação no período, o seguro Educacional apresentou a maior alta, com crescimento de 88,6%. E na mesma base de comparação, o seguro Funeral também registrou um percentual superior, de 27,4%.
Já os prêmios arrecadados pelas seguradoras em seguros de pessoas somaram R$ 37,8 bilhões no primeiro semestre de 2025, crescimento de 8,4% na comparação com o mesmo intervalo de 2024.
De acordo com o relatório, 48% do total de prêmios se referem aos seguros de Vida (modalidades individual e coletiva), 28% no Prestamista e 12% em Acidentes Pessoais.
Ao avaliar o comportamento frente aos números registrados no primeiro semestre do ano anterior, aqueles com maior percentual de aumento foram os seguros contra Doenças Graves (18,1%), Vida Individual (13,2%) e Viagem (13,1%).
Fonte: CQCS