Atenção no Seguro, por Gerson Anzzulin: A conta que vai para o governo devido à falta de seguro

O presidente da Confederação Nacional das Seguradoras, Dyogo Oliveira, disse que o Brasil tem uma brecha absurda de proteção de seguro. A manifestação foi feita durante o seminário “Diálogos da Infraestrutura: O Novo Seguro Garantia com Cláusula de Retomada”, realizado no dia 14 de agosto, em São Paulo. O evento foi organizado pela Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base.

 

Dyogo ressaltou que existem três grandes gargalos que limitam o desenvolvimento do país: a baixa cobertura securitária, a insuficiência de investimentos em infraestrutura e a restrição de recursos públicos.

 

Segundo Oliveira, apenas cerca de 15% das residências brasileiras possuem seguro, percentual muito inferior ao de países como a França, onde a taxa chega a 97%. Na infraestrutura, o cenário também é preocupante: o investimento gira em torno de 2% do PIB, menos da metade do necessário, e o valor anual de depreciação das estruturas supera o montante investido. “Isso impede que sejamos competitivos com países altamente eficientes, que contam com infraestrutura muito melhor”, afirmou.

 

O dirigente destacou ainda que a cobertura securitária da infraestrutura nacional é “praticamente zero”. Citou como exemplo a hipótese de um aeroporto ser alagado por uma enchente, como ocorreu no Rio Grande do Sul, em 2024: “Neste caso, a obrigação do concessionário é zero e, sem seguro, essa conta vai toda para o governo”. Na sua avaliação, o seguro é elemento central para destravar investimentos, aumentar a eficiência e proteger o patrimônio público e privado.

 

O presidente da CNseg também lembrou que o país dispõe de um sistema financeiro robusto, com capacidade de crédito interno, e que o setor de seguros conta com R$ 2 trilhões em reservas, que poderiam ser direcionados para viabilizar projetos. No entanto, a falta de viabilidade econômica e de alocação adequada de riscos impede avanços. “O PIB per capita do Brasil em 2024, descontada a inflação, foi o mesmo de 2013. Em dólar, caiu 30% no período. Precisamos reconstruir o tecido econômico-financeiro capaz de fazer o país crescer”, concluiu.

 

MBA Gestão Jurídica formará nova turma

 

A Escola de Negócios e Seguros realizará a 10ª edição do curso de Gestão Jurídica em Contratos de Seguro e Inovação. A iniciativa é voltada para profissionais do Direito e gestores que atuam com contratos de seguros. As aulas iniciam no dia 06 de abril de 2026. Os interessados podem obter informações através do e-mail [email protected] ou pelo telefone 0800 025 3322.

 

Mapfre amplia flexibilidade no seguro auto

 

A Mapfre seguros lançou a opção de franquia reduzida de 25% para os seguros de automóvel, caminhão, moto e táxi. A novidade está disponível para novas contratações e renovações e oferece uma alternativa mais econômica para os motoristas que desejam reduzir o custo de reparos em caso de sinistro.

 

A nova modalidade representa uma redução direta para 25% em relação à franquia padrão e foi desenvolvida para aliviar o impacto financeiro dos segurados, especialmente diante do aumento nos preços de peças e mão de obra.

 

A escolha pela franquia ‘reduzida 25% deve ser feita no momento da cotação ou renovação, de acordo com a disponibilidade e o perfil de risco do segurado.

 

Fonte: Jornal do Comércio RS – Online