Conforme noticiado pelo CQCS, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) firmou um Memorando de Entendimento com a Agência Brasileira Gestora de Fundos Garantidores e Garantias S.A (ABGF) e a Etihad Credit Insurance (ECI), agência de crédito à exportação dos Emirados Árabes Unidos. Apesar do memorando não estabelecer obrigações operacionais imediatas, o instrumento abre caminho para futuras iniciativas conjuntas, como o fortalecimento de parcerias internacionais e o alinhamento à política brasileira de seguro de crédito à exportação.
Isso significa que este tipo de acordo não tem o objetivo primário de oferecer um seguro de crédito à exportação mais barato ou mais caro. Luciano Mendonça, diretor comercial da Allianz Trade no Brasil, acredita que, antes de tratar a questão do preço deste produto, deve haver um objetivo maior de fazer o seguro de crédito chegar ao conhecimento de mais exportadores, tornando-o mais flexível na contratação, especialmente para exportadores de primeira viagem que tem pequenos volumes a exportar poucas vezes ao ano. “O seguro de crédito em si, seja no mercado doméstico ou no mercado de exportação, já é a garantia de pagamento mais acessível que um vendedor/exportador pode obter. Certamente, o seu preço nas seguradoras privadas que o oferecem não é um obstáculo à sua contratação”, afirma Mendonça.
O executivo também explica que os acordos entre agências oficiais podem viabilizar produtos e serviços que ainda não estão disponíveis no mercado privado, fomentando o pequeno exportador e apoiando-o na jornada de crescimento. Para Mendonça, tornar o seguro de crédito conhecido e distribuído a um número maior de empresas exportadoras é um dos principais desafios, sendo que o corretor de seguros tem um papel essencial nessa tarefa.
“Estabelecer parcerias internacionais facilita a disseminação de melhores práticas, sem dúvida. No entanto, parcerias de distribuição de seguro de crédito no território nacional são essenciais para alcançar o pequeno exportador”, pontua. “Um outro ponto também importante é financiar o pequeno exportador antecipando o valor das faturas, facilitando o uso do seguro de crédito como garantia pelos bancos em operações de forfaiting”, completa.
Fonte: CQCS