Conseguro 2025 destaca a educação financeira como base para cultura do seguro

A apresentação ressaltou no painel a necessidade de conscientizar a população sobre seguros e de integrar os órgãos públicos e privados para levar a educação financeira ao ensino básico

A edição de 2025 do evento Conseguro, realizada nesta segunda-feira (27), trouxe a educação financeira para o debate, como um dos princípios fundamentais para a construção de uma cultura de seguros e formação de reservas de emergência no Brasil.

 

Amaury Oliva, diretor de Cidadania Financeira, Relações com o Consumidor e Autorregulação da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), apresentou dados negativos sobre a relação do brasileiro com consumo. Segundo ele, 48% dos entrevistados em uma pesquisa da entidade afirmam viver no aperto financeiro, enquanto 32% gastam mais do que ganham.

 

Oliva explicou que os hábitos de consumo das pessoas comprometem a saúde financeira e os planos de longo prazo das famílias. “A pandemia mostrou a importância de se ter reserva de emergência. E hoje estamos falando de seguros. Essas pessoas precisam entender a importância de ter preparo”, afirmou.

 

André Nunes, consultor da presidência da CNseg, também participou do painel e reforçou o papel da educação financeira nas escolhas de consumo. “Educação financeira é sempre escolher uma posição credora ou devedora. Credora, você paga hoje e aproveita amanhã”, declarou.

 

Nunes destacou três passos fundamentais da educação financeira no país: compreender a complexidade da educação humana; reconhecer que a vida mudou, com uma nova geração que vai estudar e trabalhar por mais tempo, diferente da anterior, que se aposentava com idade bem definida e tinha expectativa de vida menor. Além disso, ele afirmou que é necessário descomplicar os termos da educação financeira, trazer coisas do cotidiano.

 

A apresentação também ressaltou no painel a necessidade de conscientizar a população sobre seguros e de integrar os órgãos públicos e privados para levar a educação financeira ao ensino básico.

 

O deputado federal Mauro Benevides (PDT-CE) disse que o país não tem boa relação com educação financeira, pelo neros de endividados que se tem. “67 milhões estão endividados. Então dá para ver que não é algo que está na cultura do brasileiro”, afirmou.

 

Ele também comentou os baixos índices de contratação de seguros no país. “Só 17% das residências têm seguro. Isso não faz sentido”.

 

Segundo o deputado, para melhor esse cenário, é preciso fortalecer a confiança da população nas seguradoras, ensinar para não caírem em golpes e ter corretores de seguros treinados.

 

Benevides exemplificou os avanços na educação básica do Ceará, com escolas entre as melhores do país. Ele afirmou que isso mostra que o segredo é investir no nível base.

 

“Vai para o ensino fundamental dizendo que seguro é importante, que educação financeira é importante, e mais na frente essa concepção muda”, destacou.

 

Os palestrantes disseram, ainda, que, embora a educação financeira tenha leis no Brasil, ainda tem trabalhos muito tímidos em diversas regiões. O painel encerrou com a mensagem de que sem a educação financeira, não há conhecimento sobre a importância dos seguros.

 

A repórter foi convidada a participar do evento pela Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg).

 

Fonte: A Crítica Online – Manaus

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