No último sábado (3), segundo informações do O Globo, um iate de luxo Lamborghini, avaliado em R$ 22 milhões naufragou em Miami, nos EUA. O veículo possuía 32 pessoas a bordo, apesar da sua capacidade ser limitada a apenas 16. O incidente chamou a atenção para questões de segurança e responsabilidade em embarcações. O CQCS entrevistou o especialista Dorival Alves, que destacou o importante papel do Seguro Náutico em casos como esse.
Ainda segundo O Globo, a causa do naufrágio ainda não foi determinada, mas a superlotação do iate é um ponto crítico abordado. A responsabilidade do comandante e a conformidade com as exigências portuárias foram amplamente discutidas a respeito da segurança de todos a bordo. De acordo com as autoridades locais, o evento ressaltou a imprudência de exceder a capacidade permitida e também a necessidade de uma avaliação adequada dos riscos envolvidos.
Em entrevista ao CQCS, o advogado, Corretor de Seguros, diretor do Sindicato dos Corretores de Seguros no Distrito Federal (Sincor-DF) e delegado representante da Federação Nacional dos Corretores de Seguros (Fenacor) junto à Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), Dorival Alves, pontuou ser importante destacar que, nas condições gerais de um contrato de seguro, tanto no Brasil quanto no exterior, existem riscos excluídos que podem se aplicar ao acidente ocorrido com o iate em Miami. A superlotação, por exemplo, pode ser um fator que isente a seguradora de cobrir danos relacionados, uma vez que não foi respeitada a capacidade máxima de passageiros a bordo da embarcação. “As apólices de seguro variam significativamente de companhia seguradora para companhia seguradora, bem como de país para país. Nem todas as apólices contemplam as mesmas garantias e riscos excluídos, o que torna imprescindível uma análise cuidadosa antes da contratação”, disse.
No caso ocorrido em Miami, Dorival Alves frisa que se o acidente tivesse resultado em ferimentos ou fatalidades, as consequências financeiras e legais poderiam ser devastadoras para o proprietário do iate. A responsabilidade civil e criminal poderia se tornar um fardo irreparável, especialmente considerando a gravidade da situação. Além disso, o especialista lembra que a superlotação não é uma questão isolada. Com o aumento da popularidade de passeios em grupo em cidades como Miami, onde eventos e celebrações atraem grandes multidões, a conscientização sobre as regras de segurança e as obrigações legais torna-se ainda mais urgente. “Incidentes semelhantes já ocorreram em outras partes do mundo, incluindo o Brasil, onde a fiscalização da segurança em embarcações pode ser insuficiente”, disse Dorival.
Dorival Alves afirma ainda que a contratação de um Seguro Náutico adequado, juntamente com a orientação de um Corretor de Seguros qualificado, é essencial para garantir que tanto os proprietários quanto os passageiros estejam protegidos em caso de imprevistos. “A responsabilidade de navegar com segurança não recai apenas sobre os ombros do comandante, mas envolve um compromisso coletivo de todos os envolvidos. O naufrágio do iate Lamborghini não é apenas um chamado à ação para a indústria náutica, mas também um lembrete de que a segurança e a responsabilidade são fundamentais para prevenir tragédias que poderiam ter consequências muito mais graves”, concluiu.
De acordo com O Globo, as autoridades locais seguem investigando as reais causas do incidente. Os ocupantes do iate foram levados para a Marina de Miami Beach, onde foram examinados pelo Corpo de Bombeiros da localidade. Ninguém se feriu.
Fonte: CQCS