Em eventos com grande movimentação e aglomeração, contratar proteção para smartphone é boa opção

 

Os cortejos dos blocos já estão rolando, e uma das preocupações comuns daqueles que vão aproveitar a folia é com a segurança do celular. Quem não quer usar o aparelho para fotografar os melhores momentos no bloco e postar nas redes sociais? Uma solução para curtir a festa sem preocupação são os seguros para celulares, que são oferecidos por seguradoras, bancos e operadoras de telefonia.

 

O professor José Varanda, coordenador acadêmico da Graduação em Gestão de Seguros da Escola de Negócios e Seguros (ENS), explica que, em épocas de eventos com grande movimentação e aglomeração – como o carnaval – , a contratação de seguro para smartphones é fortemente recomendada.

 

– Nessas ocasiões, o risco de roubos, furtos e perdas é ampliado, o que torna o seguro indispensável como um mecanismo de proteção fundamental para evitar prejuízos financeiros – comenta. De acordo com a Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg), já há cerca de dez milhões de celulares com cobertura de seguros no Brasil, e aproximadamente um milhão de proprietários já acionaram a proteção para ser ressarcido por algum sinistro. Segundo o levantamento, as coberturas mais contratadas são as de proteção contra roubo e furto qualificado e de danos acidentais.

 

Sidemar Sprícigo, presidente da Comissão de Seguros Gerais Afinidades da FenSeg, diz que “o custo do seguro de celular pode variar bastante”, mas equivale, em média, a 25% do valor do aparelho, variando entre R$ 15 e R$ 60 por mês, dependendo do tipo de cobertura e do modelo do smartphone.

 

– Planos mais simples e com coberturas básicas tendem a ser mais baratos, enquanto seguros mais completos, que cobrem uma maior variedade de situações, como roubo, furto, danos acidentais e até danos por líquidos, têm custo mais elevado.

 

Para quem não deseja abrir mão da proteção, mas não pode gastar muito, Sprícigo orienta o consumidor a priorizar coberturas essenciais, que são mais relevantes em situações cotidianas. Além disso, ele sugere optar por planos com melhor relação entre o preço e a franquia.

 

Opções disponíveis no mercado C6 Bank – Em parceria com a Zurich, oferece três planos de seguro para celular: Super Econômico (danos materiais e líquidos), Econômico (roubo e furto) e Completo (todas as coberturas anteriores). Disponível para mais de 250 modelos, o valor varia conforme a marca, o modelo, a memória e as coberturas. O plano Completo para um iPhone 13 de 128GB custa a partir de 11 parcelas de R$ 36,22, enquanto para um Moto G84 de 256GB sai por 11 parcelas de R$ 10,86.

 

Claro – Oferece seguro para clientes Pós e Controle, com pagamento via fatura mensal. Em parceria com a Yelum Seguradora, o serviço cobre roubo, furto simples ou qualificado e dano físico. Qualquer aparelho em boas condições pode ser segurado, independentemente da data da compra, mediante nota fiscal ou comprovante válido. O valor mensal varia de R$ 17 a R$ 60, conforme o modelo.

 

Itaú – Garante coberturas para roubo, furto qualificado e quebra acidental, protegendo aparelhos de até R$ 10 mil e com até quatro anos de fabricação. A cobertura inclui as marcas Apple, Samsung, Motorola, LG, Asus, Huawei e Xiaomi. Os planos começam em R$ 16,90, com valores que variam de acordo com o preço do aparelho, sendo indiferente a marca.

 

Pier Seguradora – A Pier oferece cobertura para roubo, furto simples e qualificado, com opção de cobertura de 100% ou 75% da Tabela Pipe de Celulares, usada para calcular as coberturas e a mensalidade dos seguros. Aceita a maioria dos modelos do mercado, novos, usados e comprados no exterior. A proteção para um iPhone 15 de 128GB custa a partir de R$ 50,83 mensais, e para um Galaxy A55 de 128GB, a partir de R$ 24,34. Os preços são para o plano mensal, mas no anual, as condições são mais vantajosas.

 

Porto Seguro – Oferece quatro opções de cobertura: Plano Roubo, Plano Quebra + Roubo, Plano Quebra + Roubo + Furto Simples e Plano Quebra + Roubo + Furto Simples + Transações Digitais e Pix. Disponível para aparelhos a partir de R$ 500 e com até dois anos de uso, permite até três renovações. O valor varia conforme o modelo e a cobertura escolhida, com planos para iPhones a partir de R$ 32 mensais.

 

Vivo – Em parceria com a Zurich, oferece um seguro com cobertura contra roubo, furto simples ou qualificado e danos acidentais causados por queda, curto-circuito e líquidos. Disponível para aparelhos com até três anos de uso, permite escolher o nível de cobertura desejado, independentemente do modelo. A mensalidade depende da cobertura contratada e do valor que o cliente quer cobrir, e não mais do modelo do aparelho.

 

Aparelhos mais sofisticados Com os celulares cada vez mais sofisticados – e com preços elevados – , a tecnologia permite que os proprietários armazenem e acessem uma quantidade crescente de informações, como senhas, aplicativos bancários e anotações. Se, por um lado, isso facilita a rotina de muitos, por outro, exige cuidados adicionais.

 

Isso porque a sofisticação dos celulares chama a atenção de criminosos, que, observando a distração dos donos concentrados nas telinhas, muitas vezes conseguem pegar os aparelhos desbloqueados das mãos das vítimas em uma fração de segundos.

 

Com o celular desbloqueado, o criminoso tem acesso a uma vasta quantidade de dados, podendo desde alterar a senha do aparelho até acessar aplicativos bancários, e-mails e outras informações confidenciais. Por isso, além de considerar a contratação de um seguro para evitar prejuízos financeiros, é importante adotar algumas medidas preventivas para minimizar os riscos.

 

Como proteger informações e reduzir riscos de transtornos em caso de roubo ou furto do celular O programa Celular Seguro, que permite aos usuários bloquear instantaneamente aparelhos roubados, já conta com mais de 2,3 milhões de usuários cadastrados na plataforma. Segundo o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), desde sua criação, em dezembro de 2023, até a última terça-feira, foram feitos 105.288 alertas de bloqueio em todo o país. No Rio, foram registrados 16.471, ficando atrás apenas de São Paulo, que registrou mais de 31 mil.

 

O principal motivo para o bloqueio do aparelho é o roubo, que corresponde a 48.351 ocorrências. Em seguida, aparecem o furto, com 34.069 registros, a perda do aparelho (21.487) e outros (1.381).

 

O programa Celular Seguro permite ao usuário cadastrar seu número pelo site ou pelo aplicativo disponível para Android e iOS. Em caso de furto, roubo ou perda, a vítima pode bloquear o aparelho e os aplicativos financeiros. Durante o cadastro, é possível adicionar “pessoas de confiança” que poderão acionar o alerta caso o titular não consiga realizar a ação.

 

Cuidados com o celular Bloqueio de tela – Embora pareça óbvio, muitas pessoas não ativam o bloqueio de tela do celular. Além de configurar o reconhecimento facial ou a biometria, é importante cadastrar um código ou até um desenho para proteger não apenas mensagens e fotos, mas também informações sensíveis, como senhas bancárias e de cartões, contra criminosos.

 

Bloqueio automático – Uma prática simples e eficaz é reduzir o tempo de bloqueio automático da tela. Assim, se o celular estiver desbloqueado durante um roubo, o criminoso terá menos tempo para alterar a senha ou acessar informações sensíveis.

 

Senhas em apps – Aplicativos como WhatsApp e bancos permitem adicionar uma senha extra ou usar biometria e reconhecimento facial. A recomendação é criar uma senha adicional para apps com informações sensíveis. Isso porque caso o criminoso acesse o celular desbloqueado, ele pode cadastrar a própria biometria ou o rosto, acessando facilmente seus aplicativos, já que alguns sistemas não exigem verificações adicionais.

 

Informações sensíveis – Evite armazenar informações sensíveis, como documentos, senhas, números de cartões de crédito e dados bancários, no celular, seja em blocos de notas ou em conversas de aplicativos de mensagens.

 

Atenção ao e-mail – Deslogue-se dos e-mails no celular ou altere o e-mail de recuperação das suas principais contas e serviços. Muitas redes sociais e serviços utilizam o e-mail para verificar sua identidade ao trocar senhas, e a maioria das pessoas deixa o e-mail logado no aparelho.

 

Faça o backup – Para proteger fotos, arquivos e contatos, faça backups. Google, Apple, Samsung e WhatsApp oferecem backup automático na nuvem. Outra opção é realizar o backup no computador, conectando o dispositivo via cabo e seguindo as instruções do fabricante.

 

Fui roubado, e agora? O primeiro passo é bloquear o aparelho para evitar que o ladrão acesse seus aplicativos. O bloqueio pode ser feito com o número IMEI, por meio da operadora, tornando o aparelho inutilizável. Para obter o número IMEI, basta discar *#06# no telefone. Caso não tenha o IMEI, também é possível bloquear o dispositivo por meio da sua conta iCloud (para iPhones) ou Google (para Android).

 

Fonte: O Globo Online | Rio