Rio Grande do Sul lidera o ranking de sinistros da Elétron, com mais de R$ 2,2 milhões em indenizações pagas no primeiro semestre de 2024

Nos últimos anos, a região Sul do Brasil tem enfrentado eventos climáticos cada vez mais extremos, como tempestades, ciclones, granizo e enchentes.

Esses fenômenos têm gerado prejuízos significativos em várias áreas, especialmente no setor de energia solar, o que causa preocupações tanto entre consumidores quanto entre integradores.

Atualmente, os três estados da região Sul – Paraná (PR), Rio Grande do Sul (RS) e Santa Catarina (SC) – representam 85,13% dos casos de sinistros indenizados pelo seguro solar através da Elétron.

Desse total, 74,07% dos sinistros foram causados por vendavais, granizo, microexplosões atmosféricas, inundações e alagamentos.

Dentro desse cenário, o Rio Grande do Sul se destaca como o estado com o maior número de sinistros indenizados, representando 55,45% dos casos e totalizando mais de R$ 2,2 milhões em indenizações pagas pelo Seguro de Riscos Diversos Equipamentos entre janeiro e julho de 2024.

O impacto das mudanças climáticas nos sistemas fotovoltaicos

Embora os equipamentos de energia solar sejam resistentes e eficientes, eles não estão preparados para desastres climáticos tão severos como os que têm acontecido.

Um exemplo disso foi o impacto dos alagamentos nos sistemas fotovoltaicos após a tragédia no Rio Grande do Sul, já considerada a maior crise climática e política da história do estado.

A água que atingiu o nível dos telhados fez com que estruturas metálicas, cabos e placas solares fossem danificados ou até mesmo arrastados pela enxurrada. Outro item bastante afetado foram os inversores que ficaram submersos por dias.

Apesar da gravidade do ocorrido, os acionamentos do seguro da Elétron indicam que a maioria dos casos envolveu perdas parciais, principalmente relacionadas aos inversores. No entanto, também foram registrados casos de usinas que sofreram perda total.

Novas oportunidades e adaptações no setor de energia solar

Ainda que as mudanças climáticas representam um grande desafio para o setor solar, elas também destacam a urgência de adaptações no mercado.

Culturalmente, no Brasil, ainda é comum que muitas pessoas não reconheçam a importância do seguro.

O Rio Grande do Sul exemplifica bem essa situação: dados da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg) mostram que a maioria das vítimas da tragédia não possuía cobertura. Apenas 30% das pessoas afetadas tinham algum tipo de seguro, e, entre elas, apenas 10% possuíam apólices específicas para alagamentos e inundações.

No entanto, essa percepção está começando a mudar, especialmente diante dos recentes eventos climáticos extremos.

Essa mudança gradual de consciência e comportamento já é visível em alguns consumidores e profissionais de energia solar, que começam a reconhecer o seguro como algo essencial, em vez de um artigo de luxo.

Consequentemente, o aumento dessa demanda incentiva as seguradoras a se adaptarem às novas realidades climáticas, desenvolvendo coberturas mais específicas e alinhadas às necessidades atuais.

Conclusão

Com a intensificação dos eventos climáticos extremos, não apenas na região Sul, mas em todo o país, é fundamental que consumidores e integradores de energia solar vejam o seguro como parte essencial dos projetos fotovoltaicos.

Proteger o sistema contra possíveis danos climáticos não só salvaguarda o investimento realizado, mas também assegura a continuidade da geração de energia, que é crucial para o sucesso de qualquer projeto solar.

Portanto, a conscientização sobre os riscos e a importância de uma proteção adequada são os primeiros passos para enfrentar as crescentes incertezas climáticas.

Além disso, ao considerar a inclusão de seguros solares, os integradores não apenas agregam valor aos seus serviços, mas também promovem a segurança e tranquilidade de seus clientes. Afinal, em tempos de imprevisibilidade climática, contar com uma cobertura especializada faz toda a diferença.

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As opiniões e informações expressas são de exclusiva responsabilidade do autor e não obrigatoriamente representam a posição oficial do Canal Solar.

Fonte: Canal Solar