No último dia 17/08, Silvio Santos morreu aos 93 anos, em São Paulo, em decorrência de uma broncopneumonia oriunda de infecção por influenza A (H1N1). Um dos maiores comunicadores da televisão brasileira, o apresentador contribuiu de forma significativa para a cultura popular do país, bem como em outros âmbitos. O mesmo revolucionou o mercado de capitalização no Brasil com o lançamento da Tele Sena, em 1991, popularizando a modalidade de aplicação financeira que combina a possibilidade de realizar uma poupança e participar de sorteio de prêmios.
Ao adquirir um título de capitalização, o comprador paga um valor único ou mensal durante um determinado período. Nesse meio tempo, o mesmo participa de sorteios com prêmios variados, que podem incluir dinheiro, bens ou outros benefícios. No final do prazo de capitalização, o titular recebe de volta uma parte ou o total do valor pago, dependendo do título adquirido. A modalidade é comum no Brasil e costuma atrair pessoas que buscam tanto uma forma de economizar quanto a possibilidade de concorrer a prêmios.
O mercado de capitalização no Brasil passou por um significativo processo de popularização com a criação da Tele Sena, em 1991. A iniciativa destacou-se por fundir entretenimento e a possibilidade de ganho financeiro. A Tele Sena permitia que os consumidores comprassem um bilhete, participassem de sorteios semanais com prêmios em dinheiro e ainda garantiam a devolução de parte do valor após o período de 1 ano.
O sócio e membro do Comitê Executivo do Banco Modal, André Lauzana, destaca que a Tele Sena inovou e popularizou o serviço de capitalização no Brasil através da inovação em sua comercialização. “A Tele Sena tinha como forte aliado o SBT e a força da comunicação do Silvio Santos. Ele usou um linguajar absolutamente simples para que a população entendesse o que estava comprando. Além disso, o Silvio inovou o formato do produto. A Tele Sena tinha a premiação comum que o título dava e também outras modalidades. Era o prêmio instantâneo e a chamada “Roda da Fortuna”, onde o número que aparecesse na roda e tivesse o título ficava premiado. Silvio Santos usava em larga escala o aspecto lúdico e associava esse aspecto à necessidade de se formar uma poupança”, disse.
O executivo lembra ainda os meios pelos quais a Tele Sena se popularizou na sociedade. “Os meios utilizados para a comercialização, como Correios, Casas Lotéricas, bancas de jornal, supermercado, transformou a capitalização em algo simples, acessível e divertido, tendo em vista que as pessoas poderiam participar dos programas aos domingos e ver se efetivamente eram um dos ganhadores. Quando o apresentador questionava se o participante estava rigorosamente em dia, garantia que as pessoas fizessem os pagamentos mensais de maneira recorrente”, afirmou.
Carlos Alberto Corrêa, Diretor Executivo da FenaCap, ressaltou o legado da Tele Sena no setor de Capitalização. “O produto muito contribuiu para a popularização dos títulos, sobretudo com os diferenciais que a Tele Sena trouxe para o segmento, como entretenimento, a cultura de capitalizar o dinheiro e ainda concorrer a prêmios”, contou.
Carlos Alberto pontuou ainda que os títulos de capitalização estimulam a disciplina financeira e podem ser adquiridos por empresas e pessoas físicas. “A Capitalização mantém o aspecto lúdico dos sorteios como um grande atrativo dos produtos. É um segmento que contribui ativamente para a economia brasileira, com a devolução de recursos à sociedade, por meio do pagamento de resgates e sorteios, e ainda fomenta atividades filantrópicas”, disse. O executivo concluiu lembrando que os profissionais Corretores de Seguros, ainda que não trabalhem diretamente com a Capitalização, funcionam como grandes influenciadores para a sociedade sobre a importância de uma proteção integral, desta forma, podem destacar que o produto é uma importante ferramenta de disciplina financeira.
Fonte: CQCS