Adesão ao seguro de vida demonstrou curva crescente no BrasilA população no Brasil tem direcionado uma parte de suas finanças para se proteger contra imprevistos, buscando maior segurança em momentos críticos. De acordo com dados da Susep, o mercado de seguro de vida cresceu 15,1% em receita no ano de 2022. As expectativas em relação ao setor eram de crescimento nos próximos anos. A tendência de aumento se concretizou, como descrito no relatório de abril de 2024, divulgado pela Susep. Os dados mostraram que o seguro de vida acumulou R$10,82 bilhões, registrando um aumento de 17,4% em comparação com o mesmo período de 2023. A tecnologia tem se mostrado uma aliada neste processo, permitindo que as seguradoras de vida desenvolvam soluções inovadoras e incentivem seus clientes a adotarem comportamentos mais sustentáveis.Tecnologias como aliadas nos processos operacionaisO uso de tecnologias como big data, inteligência artificial e internet das coisas (IoT) tem viabilizado a criação de soluções mais personalizadas e sustentáveis no setor de seguros.
Impulsionada pela digitalização acelerada durante a pandemia, a automação de processos se tornou essencial no mercado de seguros, devido à rapidez e eficiência que traz às operações. Os avanços tecnológicos permitiram às seguradoras de vida otimizar seus métodos de avaliação de risco, tornando o processo de subscrição mais ágil e preciso. Além disso, as plataformas digitais transformaram a jornada do cliente, possibilitando a contratação de apólices e o recebimento de indenizações de forma totalmente online, eliminando a necessidade de interações físicas. Esses fatores abriram novas oportunidades de crescimento para o segmento, ao mesmo tempo que destacaram a importância da inovação constante.A tecnologia e conformidade regulatóriaSegundo a matéria do Insurance Newsnet, a evolução constante das normas e a necessidade de adaptação rápida exigem soluções tecnológicas eficientes que possam garantir que as práticas das seguradoras estejam sempre alinhadas com as exigências legais.
A tecnologia desempenha um papel crucial nesse cenário, pois permite a automação de processos, a análise em tempo real de dados regulatórios e a implementação de sistemas que asseguram a conformidade contínua. Softwares avançados e plataformas digitais são essenciais para monitorar mudanças nas regulamentações, gerar relatórios precisos e auditar processos internos de forma eficiente. Além disso, a adoção de tecnologias como inteligência artificial e big data ajuda as seguradoras a prever e se ajustar proativamente a novos requisitos regulatórios, minimizando riscos de não conformidade. “O seguro de vida será o próximo produto a se tornar ‘verde’?”Integrar inovação ao seguro de vida pode ser um desafio para as seguradoras. Embora a tecnologia ajude a melhorar processos operacionais, adotar práticas ativamente sustentáveis pode agregar ao seguro de vida um valor que reflete responsabilidade e cuidado.
Dado o crescente interesse dos consumidores por saúde e sustentabilidade, será que o setor de seguros de vida começará a oferecer apólices “verdes”? Esse foi o tema discutido por um grupo de pesquisadores durante uma recente sessão da Society of Insurance Research. Matt Berkley, diretor de pesquisa estratégica da RGA Reinsurance, comentou que estudos identificaram uma conexão entre a diminuição da pegada de carbono e a redução do risco de mortalidade. “Analisamos dados de diversos estudos médicos e encontramos uma relação entre a melhoria na mortalidade e atividades sustentáveis – especialmente nas áreas de alimentação, consumo saudável e transporte ou atividade física”, afirmou. Ele também mencionou que a pesquisa da RGA mostra que o mercado voltado para a pegada de carbono do consumidor está crescendo e já é explorado por bancos, que recompensam clientes por escolhas ecológicas, como caminhar mais, usar menos combustível, dirigir veículos híbridos e adotar uma alimentação mais saudável. Seguradora brasileira inova com “Assistência Eco”A seguradora AXA no Brasil lançou a Assistência Eco como parte de seu seguro de vida, reforçando seu compromisso com a agenda ESG (ambiental, social e de governança).
Este novo serviço oferece uma gama de benefícios para os segurados, incluindo apoio na separação e descarte sustentável de itens após a perda de um ente querido. Os serviços cobertos incluem desmontagem de móveis, desinstalação de eletrodomésticos e descarte ecológico de bens, além da possibilidade de doação de itens em bom estado para instituições registradas. A Assistência Eco também oferece consultoria ambiental, orientação para uso eficiente de energia e desenvolvimento de projetos ecoeficientes. Clovis Silva, Diretor de Produtos Massificados, destacou que a Assistência Eco não só enriquece o Seguro de Vida da empresa, mas também apoia os segurados na adoção de práticas ambientais responsáveis. É preciso operar em consonância com o bem estar dos segurados e do planeta Terra A convergência entre tecnologia e sustentabilidade no setor de seguro de vida representa uma evolução significativa para a indústria.
A digitalização e a automação de processos têm otimizado a eficiência, facilitando uma gestão mais ágil e precisa das apólices. Além disso, iniciativas ecológicas ilustram como as seguradoras podem adotar práticas sustentáveis que beneficiam tanto o meio ambiente quanto os clientes, oferecendo suporte ecológico em momentos críticos e incentivando comportamentos responsáveis. O papel das seguradoras vai além da simples oferta de produtos; elas se tornam agentes de transformação ao promover a sustentabilidade e inovar continuamente. A tecnologia, ao permitir uma maior conformidade com regulamentações e uma gestão mais eficiente dos recursos, também fortalece a integridade do setor, gerando benefícios amplos para clientes e para o planeta. Com cada vez mais ferramentas e estratégias à disposição, as seguradoras têm a oportunidade de moldar um setor que prioriza tanto o bem-estar dos clientes quanto a saúde do planeta.
Fonte: Insurtalks | Categorias