No último dia 16/06, o influenciador e empresário Kel Ferreti, através de uma publicação nas redes sociais, informou que o seu carro de luxo, uma Range Rover Evoque, avaliada em cerca de R$ 500 mil, foi danificada após ter sido deixada em um lava-jato, na cidade de Maceió (AL). Segundo Ferreti, um funcionário do estabelecimento utilizou o veículo sem autorização e se envolveu em uma colisão, sem feridos. Especialista ouvido pelo CQCS destaca importância do Seguro Auto e questões referentes à cobertura no referido caso.
O influenciador não revelou se possui uma cobertura abrangente de seguro para a sua Range Rover Evoque ou se o lava-jato conta com uma apólice de Seguro de Responsabilidade Civil. Ainda assim, em entrevista ao CQCS, o advogado, Corretor de Seguros, Diretor do Sincor-DF e delegado representante da Fenacor junto à Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), Dorival Alves, lembrou que o caso ocorrido em Maceió evidencia a importância da contratação de uma apólice de Seguro Auto.
O especialista frisa que para gerir um estabelecimento como um lava-jato se faz necessário a contratação do Seguro de Responsabilidade Civil, pois qualquer dano, furto ou roubo cabe responsabilidade para a empresa, a menos que se prove o contrário. O seguro pode ajudar a minimizar ou evitar prejuízos financeiros para o negócio automotivo, tendo em vista que os custos de reparação podem ser altos. “Se o proprietário do carro possui uma cobertura total de seguro, o segurado pode registrar o aviso de sinistro por danos junto à seguradora, despontando as exclusões contidas na apólice”, disse.
Em casos de veículos deixados em lava-jatos, como do influencer Kel Ferreti, o especialista diz que independentemente da responsabilidade pelo dano, cabe à empresa a guarda e a vigilância do carro. De acordo com a súmula 130 do Superior Tribunal de Justiça (STJ), a empresa responde, perante o cliente, pela reparação de dano ou furto de veículos ocorridos em suas instalações. Com base nessa Súmula do STJ, no Código Civil e no Código de Defesa do Consumidor, o lava-jato tem o dever de indenizar o cliente pelos danos causados, mas caso o veículo acidentado tenha seguro total, cobertura compreensiva, basta o segurado acionar a seguradora para registrar o sinistro e a mesma irá providenciar a indenização pelos danos causados ou a indenização total, em caso de perda total do veículo. “Apos a indenização, a seguradora poderá ajuizar uma ação de regresso contra e empresa de lava-jato pois a seguradora tem direito a ser ressarcida pelo valor pago ao segurado na posição de sub-rogada em face do causador do sinistro”, concluiu o especialista.
No que diz respeito ao seguro do veículo, Dorival Alves afirma que a maioria das pessoas opta pela cobertura compreensiva ou total, que inclui colisão, incêndio e roubo. O mesmo pontua que não se deve abrir mão do Seguro de Responsabilidade Civil Facultativa (RCF), que cobre os danos materiais, físicos e morais causados a terceiros. A apólice reembolsa as indenizações que o segurado possa ter que pagar judicial ou extrajudicialmente caso cause um acidente que resulte em ferimentos, invalidez ou morte. “Para garantir a proteção dos ocupantes do veículo, pode-se contratar o Seguro de Acidentes Pessoais de Passageiros (APP), que cobre morte, invalidez e despesas médico-hospitalares”, afirmou.
Em relato divulgado nas redes sociais, o influenciador Kel Ferreti contou que os 12 air bags do seu carro foram danificados, porém não deu maiores informações sobre o prosseguimento do caso.
Fonte: CQCS