Convidado ao Sphere.it Podcast, focado na indústria tecnológica e que traz especialistas para falar sobre tendências e desafios, especialmente na transformação do setor de seguros, Pedro London, diretor executivo do CQCS falou sobre as perspectivas do mercado de seguros no Brasil, apontando tendências e tecnologias que têm modificado a trajetória da indústria. O programa apresentado por Peter Ratcliffe, em Londres.

Questionado sobre as mudanças no mercado de seguros brasileiro, London pontuou como a estabilidade econômica do país se relaciona com os lucros da indústria, e como isso tende a, consequentemente, provocar a manutenção dos preços e prêmios. Segundo o diretor executivo do CQCS, a pandemia da Covid-19 também mudou a percepção da população acerca do papel do seguro, já que o impacto não foi apenas econômico, mas também mental.

“As pessoas começaram a olhar para isso [a crise sanitária] e disseram: ‘alguma coisa pode acontecer e eu preciso de proteção. Então, eu preciso proteger meu negócio, meu carro e minha vida’”, comentou.

Infelizmente, segundo London, o alto número de casos de roubo tem também provocado a busca por seguros para aparelhos celulares, transações bancárias e contra ataques cibernéticos. Dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2023 apontam que o Brasil registrou 508.335 roubos de aparelho celulares em 2022, uma alta de 4,7% em comparação ao ano anterior.

O uso de tecnologias no Brasil foi também comentado por London durante sua participação no podcast. Segundo ele, observa-se o crescimento das insurtechs e a colaboração do Susep para permitir que esses modelos de negócios tragam novos produtos. Atualmente, o país está começando a olhar para as facilidades de venda, com pessoas cada vez mais interessadas em ter uma experiência rápida, mas assertiva, e os avanços tecnológicos surgem para beneficiar a contratação do seguro e encaminhamento dos documentos, por exemplo.

Vinculada a toda essa transformação digital adotada pelas seguradoras e outras empresas do setor, a inteligência artificial possibilita que os clientes customizem produtos e que as empresas obtenham mais dados desses clientes, além de promover mais confiabilidade, de acordo com o diretor executivo do CQCS.

Em relação ao papel do corretor, London frisou que o profissional deve conhecer todos os elementos do seguro e precisa ser amigo do cliente para vender algo realmente necessário. Na verdade, uma série de elementos permite que o profissional exerça seu papel. “Primeiro, as redes sociais. […] Segundo, explicar ao cliente os benefícios do seguro e como esse mercado não é chato e por qual razão é interessante ter seguro”, comentou.

Ainda durante sua participação, o líder destacou o trabalho do CQCS na distribuição de informação para quem se interessa, através das redes sociais e plataformas de mensagens, e do CQCS Insurtech & Inovação, que este ano vai ocorrer nos dias 12 e 13 de novembro, no Pro Magno Centro de Eventos, em São Paulo (SP), e terá uma intensa jornada de conhecimento, visibilidade e networking entre as empresas e os profissionais do mercado.

Fonte: CQCS