Segundo a Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg, o mercado segurador cresceu 12,6% em janeiro deste ano na comparação com o mesmo período de 2023. No consolidado de produtos de seguro, planos de previdência complementar aberta e títulos de capitalização a arrecadação totalizou R$35,1 bilhões no primeiro mês de 2024, mostra uma matéria divulgada no Valor Econômico.

O presidente da CNseg, Dyogo Oliveira, explica que o crescimento foi impulsionado, principalmente, pelos produtos de coberturas de pessoas, responsável por mais de 63% de toda receita no mês. Este segmento cresceu em 17,9% se comparado com o ano anterior, com destaque para as contribuições da previdência que somaram R$16,2 bilhões, evolução de 18,8% sobre 2023.

Na publicação do Valor Econômico, o executivo também destaca que, no mesmo período, os seguros de danos e responsabilidade evoluíram 5% em arrecadação e, os títulos de capitalização avançaram 2,8%.

Em relação às indenizações, benefícios, resgates e sorteios, foram pagos aproximadamente R$21 bilhões em janeiro deste ano, 1% a mais que no ano passado. O ramo que teve o maior crescimento no primeiro mês do ano, após quedas consecutivas mensais em 2023, foi o rural. O produto pagou mais que o dobro, ou seja, 100,5% em indenizações quando comparadas a janeiro do ano passado.

Houve também avanço nos pagamentos dos seguros patrimoniais massificados, que reúnem seguros como o residencial, o condomínio e o empresarial com 59,8%. O ramo de responsabilidade civil, por sua vez, subiu 49,2%, enquanto o habitacional avançou 27,1%.

Um dos destaques do mês, o seguro fiança locatícia teve o melhor janeiro em cinco anos, desconsiderando o efeito inflacionário. Segundo o relatório, o crescimento do produto ocorreu na esteira do aquecimento do mercado de locação de imóveis.

O levantamento da entidade mostrou que o ramo teve alta de 195% em quatro anos, passando de pouco mais de R$44 milhões em janeiro de 2020 para quase R$130 milhões em arrecadação no primeiro mês deste ano.

Em comparação a janeiro de 2023, quando registrou receitas de R$103 milhões, houve um crescimento de 25,8%. A alta se mostrou alinhada com o avanço do aluguel. O índice FipeZAP apontou um crescimento de 16,2% das locações no primeiro mês deste ano se comparado com o ano anterior.

De acordo com a CNseg, o fiança locatícia apresentou alta no pagamento de indenizações nos últimos cinco janeiros. Em 2020, foram pagos R$16,3 milhões, e este ano o valor se aproximou dos R$57 milhões, representando um aumento de 249,7%. Se comparado com o primeiro mês de 2023, a alta foi de 8,8%.

Entre os Estados, São Paulo registrou arrecadação com o produto de quase R$68 milhões em janeiro e R$31,6 milhões retornados aos clientes. Minas Gerais teve receitas de R$16,8 milhões no período e retorno de R$11,3 milhões em indenizações.

Fonte: CQCS