Num mundo onde a digitalização permeia quase todos os aspectos dos negócios, os riscos cibernéticos tornaram-se uma ameaça constante para empresas de todos os tamanhos e setores. Os ataques virtuais não apenas comprometem a integridade dos sistemas de uma empresa, mas também podem acarretar consequências financeiras devastadoras e danos à reputação, afetando não apenas os negócios, mas também a sociedade como um todo.

À medida que a tecnologia avança, os invasores cibernéticos também se tornam mais sofisticados, representando uma ameaça cada vez maior para a segurança digital das empresas. Segundo dados do Índice Global de Proteção de Dados (GDPI), quase seis em cada dez empresas brasileiras sofreram ataques ou incidentes cibernéticos que impediram o acesso aos seus dados em 2023. No entanto, há uma ferramenta vital que tem emergido como um escudo contra esses ataques: o Seguro Risco Cibernético.

Diferentemente do que se possa imaginar, os riscos cibernéticos não são exclusivos de empresas de tecnologia. Empresas de todos os setores podem ser alvos, e os custos associados a violações de segurança podem ser enormes. Aqui é onde o seguro cibernético desempenha um papel crucial.

Este tipo de seguro oferece proteção contra uma variedade de ameaças, incluindo ataques de hackers, roubo de dados, interrupção de serviços e até mesmo violações de privacidade. Ele fornece às empresas uma rede de segurança financeira e digital para ajudar a cobrir os custos inesperados associados a esses ataques. Segundo a Chainalysis, grupos hackers captaram US$ 1,1 bilhão com ataques ransomware em 2023 – valor recorde para esse tipo de crime e é quase o dobro do prejuízo causado em 2022 (US$ 567 milhões).

Uma das vantagens do Seguro Risco Cibernético é o suporte técnico especializado que ele oferece. Em caso de violação de segurança, as empresas podem contar com consultores especializados para ajudar na resposta ao incidente e na mitigação dos danos. Além disso, o seguro pode cobrir uma ampla gama de despesas, desde os custos de defesa em processos judiciais até as indenizações pagas a terceiros prejudicados pelo vazamento de dados. Há ainda coberturas mais sofisticadas que podem ser contratadas, que cobrem custos de remediação, multas, extorsão cibernética e lucros cessantes.

De acordo com um levantamento baseado nos dados da Superintendência de Seguros Privados (Susep), até setembro de 2022 foram emitidos R$ 130 milhões em prêmio de seguro cyber, 22,8% acima do registrado em 2021, quando o setor alcançou R$ 105,8 milhões.

O aumento na demanda por seguro cibernético é um reflexo direto da crescente ameaça representada pelos ataques cibernéticos. Empresas de todos os tamanhos estão reconhecendo a importância de proteger seus ativos digitais e estão buscando ativamente maneiras de mitigar os riscos associados à segurança cibernética.

Um levantamento da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg) revelou que a procura pelo seguro de Riscos Cibernéticos cresceu 880% nos últimos cinco anos, passando dos R$ 20,7 milhões arrecadados em 2019 para R$ 203,3 milhões em 2023. Em comparação exclusivamente com o ano de 2022, o avanço foi de 17,1%.

Ao analisar o ambiente digital das empresas para fins de aceitação ou não do risco, as seguradoras, através de seus subscritores especializados, identificam os pontos de maior vulnerabilidade, o que ajuda as empresas a terem consciência dos riscos a que estão expostas e a melhorarem a segurança de seus sistemas.

É importante destacar que empresas com melhor nível de segurança digital e em conformidade com normas e regulamentações, tidos como mitigadores do risco cibernético, terão uma melhor aceitação pelas seguradoras.

Portanto, investir em um seguro cibernético é uma medida essencial para todas as empresas que desejam proteger seus negócios contra os crescentes riscos cibernéticos. É uma decisão que não apenas protege os ativos digitais de uma empresa, mas também protege sua reputação e sua capacidade de continuar operando em um mundo cada vez mais digitalizado.

 

Fonte:TI Inside – Online