A Superintendência de Seguros Privados (Susep) vai realizar, até junho, uma nova edição do Sandbox Regulatório. Segundo informou a autarquia, em comunicado, estão sendo analisados os resultados dos dois primeiros editais. O resultado da análise servirá de base para a nova edição. “A autarquia pretende trazer os temas de transformação ecológica, inovação tecnológica e inclusão social para a centralidade do programa”, anunciou a Susep.

De acordo com a Susep, o Sandbox é um ambiente regulatório experimental que incentiva a implantação de projetos inovadores em produtos e serviços a serem ofertados no âmbito do mercado de seguros e que sejam desenvolvidos ou oferecidos a partir de novas metodologias, processos, procedimentos, ou de tecnologias existentes aplicadas de diversos modos.

As sociedades participantes do Sandbox podem testar – sob a supervisão da Susep – novos produtos, serviços ou novas formas de prestar serviços tradicionais. “A Susep, com isso, pode avaliar os benefícios e riscos relacionados a cada inovação e a necessidade de realização de ajustes, seja no modelo de negócios ou mesmo na regulamentação vigente”, sublinhou a autarquia, no comunicado.

Na avaliação da Susep, entre os pontos positivos do projeto destaca-se a possibilidade de inovação no mercado de seguros, com a manutenção das principais salvaguardas regulatórias.

Empresas que participam do programa podem, em um segundo momento, receber autorização para atuar como seguradoras tradicionais.

Na semana passada, por exemplo, a Susep concedeu autorização definitiva para a Darwin Seguros operar com seguros de danos e de pessoas no Segmento S3 (empresas de pequeno porte) em todo o território nacional.

A empresa havia participado da segunda edição do Sandbox Regulatório, sendo a primeira empresa da edição a possuir autorização para conduzir operações como seguradora, sem as restrições do ambiente experimental.

A nova licença para atuação permite a remoção de limitação de número de riscos emitidos e da importância segurada das coberturas nas quais a insurtech já opera, além de facilitar a expansão para outros produtos que não são permitidos no âmbito do Sandbox.

Fonte: CQCS