As fortes chuvas vistas nos últimos dias deixaram um rastro de destruição pelo país. Diferentes estados brasileiros registraram mortes e desaparecimentos, além de relatos de moradores que perderam móveis, eletrodomésticos e veículos por conta dos temporais.

Para o mercado segurador, o período é marcado por um aumento no volume de sinistros (casos em que ocorre um prejuízo ao bem segurado que esteja especificado na apólice) e de indenizações — principalmente no que diz respeito aos seguros de automóveis.

Mas alguns acidentes ou ocorrências podem não estar cobertos pelo seguro. Tudo depende do que o cliente contratou e de como o dano aconteceu.

Nesta reportagem, você vai entender:

  • • Quais os tipos de cobertura existentes em um seguro automóvel?
  • • Quais os danos normalmente cobertos pela apólice?
  • • Quanto custa um seguro automóvel?
  • • Como acionar o seguro em caso de acidentes ou ocorrências?
  • • Quais os tipos de cobertura existentes em um seguro automóvel
  • Quais os tipos de cobertura existentes em um seguro automóvel?
  • O seguro automóvel é um tipo de proteção patrimonial, que pode ser contratada diretamente com uma seguradora, com uma corretora de seguros ou com um corretor registrado na Superintendência de Seguros Privados (Susep).
  • Esse produto serve para proteger o carro segurado de eventuais prejuízos que possam acontecer no dia a dia, como uma colisão entre veículos ou casos de roubo, furto ou enchentes.
  • Existem vários tipos de cobertura que podem ser contratadas em um seguro automóvel. O seguro total (também conhecido pelo setor como seguro compreensivo) é a opção mais completa — e mais cara — oferecida pelo mercado.
  • Normalmente, essa opção costuma oferecer cobertura contra:
  • • Colisão (perda total ou parcial);
  • • Colisão com seguro contra terceiros;
  • • Roubo e furto;
  • • Desastres naturais; entre outros.
  • É a cobertura contra desastres naturais que costuma indenizar os segurados nos períodos de chuva. Ela pode incluir proteção contra danos causados por enchentes, chuvas de granizo, quedas de árvores ou muros e ventos fortes, por exemplo.
  • É preciso, no entanto, que o cliente esteja atento na hora da contratação do seguro para ter certeza de quais riscos e danos estão previstos na apólice.
  • “O mercado segurador cada vez mais tem os chamados produtos de entrada, que eventualmente têm algum tipo de restrição de cobertura, mas ajuda a resolver os problemas mais procurados pelos clientes”, disse o diretor de automóvel da Porto Seguro, Jaime Soares.
  • “O preço do seguro às vezes fica muito barato porque vem com restrição de cobertura. Então é fundamental que o consumidor entenda qual oferta está recebendo”, acrescentou.
  • Os chamados seguros de entrada são produtos mais baratos, que possibilitam a personalização pelo cliente. Nesse caso, o segurado opta quais coberturas gostaria de ter em seu veículo e paga o preço proporcional.
  • Quais os danos normalmente cobertos pela apólice?
  • Os danos que podem ser indenizados pela apólice dependem das coberturas compradas pelo cliente na hora da contratação do seguro.
  • São chamados de sinistros todos os acidentes ou ocorrências que estejam especificados na apólice. É nesse documento que estão registrados os direitos e obrigações do segurado e da seguradora, bem como as informações do seguro contratado, as coberturas e franquias.
  • Caso o seu carro fique preso em uma enchente devido às chuvas e sofra algum dano, por exemplo, é preciso que você tenha contratado a cobertura contra desastres naturais para que seu caso seja considerado um sinistro e você possa pedir indenização à seguradora.
  • Se o seu seguro só cobre casos de colisão entre veículos ou de roubo e furto, você pode ter que arcar com o prejuízo.
  • O cliente pode avisar a seguradora que houve um sinistro em até um ano da ocorrência. Depois desse prazo, o segurado perde o direito de indenização.
  • Além disso, há responsabilidade dos clientes em não gerar o chamado agravante de risco. Segundo a vice-presidente da comissão de seguro automóvel da Federação Nacional de Seguros Gerais (Fenseg), Keila Farias, agravar o risco é aumentar a probabilidade de ocorrência de dano no bem segurado.
  • “No caso de uma enchente, por exemplo, agravar o risco seria tentar passar com o carro em uma rua que está alagada e impedida para o trânsito”, exemplificou.
  • Nesses casos, ao tentar passar em uma rua alagada, que esteja com água na metade da altura do pneu para cima, o veículo tente a perder a aderência no asfalto, aumentando o risco de dano. Caso isso aconteça, o segurado corre o risco de ter que arcar com o prejuízo mesmo tendo contratado a cobertura contra enchentes e inundações.
  • “Se você tenta passar o carro por uma rua que esteja alagada, primeiro você está colocando em risco sua própria vida. E, se for comprovado [que o cliente tentou passar pela via alagada], a pessoa acaba perdendo a cobertura, já que forçou uma situação [de dano]”, afirmou Soares, da Porto.
  •  
  • Quanto custa um seguro automóvel?
  • O preço desse produto varia conforme a quantidade de coberturas contratadas na apólice – assim, quanto mais coberturas, mais caro tende a ficar o seguro. Além disso, esse custo também pode variar a depender
  • da idade e do gênero do condutor;
  • da região em que ele mora e trabalha;
  • do tipo de carro; entre outros condicionantes.
  • Na média de 2023, os preços do seguro de automóveis recuaram 12,5% em comparação ao ano anterior. Em relação a 2021, no entanto, o aumento foi de aproximadamente 5,7%. Os números são do Índice de Preços do Seguro de Automóvel (IPSA), elaborado pela TEx, plataforma de inteligência de dados.
  • De acordo com um levantamento feito pela Minuto Seguros para o g1, considerando dois dos veículos mais vendidos mensalmente entre 2021 e 2023 – o HB20 Sense e o Ônix Hatch – em São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Brasília (DF) e Salvador (BA), os aumentos nos preços de seguro automóvel chegam aos três dígitos em algumas situações.
  • Como acionar o seguro auto em caso de sinistro?
  • A principal maneira de acionar o seguro do carro em caso de sinistro é contatando a seguradora por um de seus canais de comunicação. A forma mais comum é pelo telefone, disponibilizado no site oficial da seguradora ou na apólice.
  • Nos casos em que o carro fica preso em uma enchente, os especialistas orientam a redobrar a atenção e tentar encontrar um lugar seguro para abrigo.
  • “A principal orientação é evitar regiões de risco e picos de alagamento”, disse Farias, da Fenseg.
  • “Mas se foi inevitável e a situação acabou acontecendo, a pessoa precisa tentar sair do carro em segurança, e esperar baixar a água em um lugar seguro. Ele pode até tentar avisar a seguradora na hora, mas dificilmente será possível tirar o carro antes de a água baixar”, completou. “Depois é só esperar o guincho chegar.”
  •  

Fonte: G1