O Corpo de Bombeiros de Lajeado foi chamado para controlar um incêndio em um galpão de 400 metros, utilizado como hotelaria para cavalos, sediado no Bairro de São Bento, na manhã do último domingo (14). De acordo com informações divulgadas no portal Grupo A Hora, até então, as causas do incêndio são desconhecidas, não havendo feridos e a propriedade não contava com seguro.

Em entrevista ao CQCS, Maria Luiza Mello, profissional da Corretora de Seguro Engarde Corretora, explicou que, em casos em propriedades rurais, a apólice ideal é a do seguro patrimonial rural. “O seguro para propriedades rurais pode ser contratado na modalidade ‘porteira fechada’, o que significa que todos os bens da propriedade serão cobertos”. A especialista também destacou que esse produto pode cobrir estrutura física, como construções, benfeitorias e instalações dedicadas à atividade agropecuária, o conteúdo das construções bem como a moradia do produtor rural e dos funcionários da propriedade. 

Embora muitas pessoas não achem tão necessário, Maria Luiza enfatizou, frente a tantas coberturas disponíveis, que a importância de estabelecimentos rurais contarem com esse seguro. “Essa proteção é vital para a continuidade dos negócios em caso de sinistros, evitando interrupções significativas nas atividades agropecuárias. Além disso, contribui para a segurança financeira do produtor, protegendo o patrimônio e evitando despesas elevadas em situações de danos ou perdas”, disse ela. “O seguro patrimonial rural ajuda a proteger o patrimônio do produtor, evitando que este tenha que arcar com custos elevados em caso de sinistros. Isso garante uma maior estabilidade financeira e permite que o produtor invista na sua atividade com mais segurança”, acrescentou ela. 

A corretora comentou ainda que o seguro patrimonial rural pode ter a cobertura de responsabilidade civil contratada. Como a propriedade atingida foi um galpão que era utilizado como hotelaria para cavalos, Maria Luiza explicou que, caso os animais se ferissem ou viessem a óbito, o segurado poderia vir a ser responsabilizado civilmente pela perda dos bichos conforme a causa do incêndio e da agilidade na solução. Diante disso, a cobertura de responsabilidade civil respalda o proprietário, se o mesmo viesse a ser responsabilizado civilmente a pagar, por sentença judicial definitiva ou por acordo escrito com a seguradora, por danos materiais ou corporais causados. 

Como incêndios podem acontecer e perante às mudanças climáticas, a entrevistada comentou que, apesar de não ser comercializado por tantas seguradoras, os corretores podem acrescentar o seguro no portfólio. “Corretores, que estão geograficamente localizados em regiões rurais ou aqueles que possuem relacionamento com produtores rurais, têm a oportunidade de oferecer este produto aos clientes”, disse ela. Para isso, Maria Luiza dá uma dica importante: “A melhor maneira de encontrar seguradoras com apetite para este tipo de risco é focar naquelas que oferecem outros seguros rurais”, finalizou.

Fonte: CQCS