O seguro empresarial obteve um dos melhores desempenhos dentro do segmento de danos e responsabilidades em 2023. Segundo dados da Susep (Superintendência de Seguros Privados), de janeiro a outubro, a arrecadação foi de R$ 3,2 bilhões, crescimento de 19,6% na comparação com o mesmo período do ano passado. Em indenizações pagas aos empresários, o total pago nos dez primeiros meses do ano ficou em R$ 1,327 bilhão.
“Considerando que a projeção de crescimento para o PIB no ano seja de 3%, o mercado do seguro empresarial deve crescer seis vezes o PIB, o que mostra que os empresários estão buscando cada vez mais esta proteção para as suas empresas”, afirma Jarbas Medeiros, presidente da Comissão de Riscos Patrimoniais Massificados da FenSeg (Federação Nacional de Seguros Gerais).
O seguro empresarial garante a sustentabilidade do negócio ao oferecer coberturas a eventos como incêndio ou explosão, vendaval, danos elétricos, roubo, responsabilidade civil e lucros cessantes. Esta última cobertura foi pensada para impedir a falência do negócio. Se a empresa fica sem operar devido a um incêndio, por exemplo, o lucro que ela deixa de obter por conta do sinistro, será coberto durante o período de reconstrução do imóvel.
Para 2024, Medeiros vê razões para o mercado seguir otimista, apostando na manutenção do crescimento de dois dígitos. Isso porque, na sua avaliação, os empresários estão mais conscientes da importância de incluir o seguro nos seus planejamentos, com maior percepção do risco representado pela intensificação dos eventos climáticos e pela projeção de crescimento do PIB em cerca de 2%.
No Brasil, segundo a FenSeg, apenas 20% das empresas têm apólice de seguro empresarial. Para Medeiros, a participação poderia ser maior se o seu custo-benefício fosse mais conhecido. Com um preço médio anual em torno de R$ 2,5 mil, proteger o negócio é relativamente barato, com parcelas mensais de R$ 200.
Fonte: Revista Apólice