Neste ano o Brasil testemunhou uma série de desafios climáticos que deixaram uma marca significativa em diversas regiões do país. Chuvas intensas, granizo, vendavais, enchentes e ciclones foram eventos recorrentes, principalmente nas regiões sul e sudeste.

A frequência e intensidade crescentes desses desastres naturais, que provocaram muitas perdas, têm gerado uma maior conscientização sobre a necessidade de se proteger contra os riscos associados a tais eventos.

Esses fenômenos climáticos representam ameaças iminentes à segurança das pessoas e suas propriedades. O sul do Brasil, em particular, foi impactado por eventos como enchentes e deslizamentos de terra, resultando em perdas substanciais para os residentes locais.

Essas situações têm implicações diretas no setor de seguros, o mercado observou uma busca mais ativa por soluções de seguro que ofereçam cobertura abrangente contra danos causados pela natureza, tanto os danos causados a veículos como também aos imóveis residenciais.

O desempenho do setor de seguros diante dos desafios climáticos

Em meio a esse cenário desafiador, o setor de seguros no Brasil se destacou como um elemento crucial na mitigação dos impactos financeiros decorrentes de desastres naturais. No período de janeiro a setembro de 2023, os seguros residenciais entregaram R$ 1,07 bilhões de indenizações e os seguros de carros, R$ 41,6 bilhões, segundo dados da CNSeg (Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização).

De acordo com dados da Susep (Superintendência de Seguros Privados), os seguros patrimoniais arrecadaram R$ 46,9 bilhões nos primeiros nove meses de 2023. Neste segmento estão incluídos os seguros residenciais que somaram R$ 3,7 bilhões, os seguros empresariais, com R$ 2,8 bilhões e liderado pelo segmento de seguros para veículos que arrecadou R$ 40,4 bilhões no mesmo período. Como a muito tempo, o seguro para veículos mantém a liderança neste segmento, mostrando um notável crescimento de 12,6% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Vale a pena destacar as mudanças no segmento de seguros para a imóveis residenciais, de acordo com um levantamento da FenSeg (Federação Nacional de Seguros Gerais), entre 2017 e 2021 houve um aumento de 2,08 milhões de famílias que decidiram proteger suas casas com a contratação de uma apólice de seguro.

Atualmente são 12,7 milhões de domicílios que estão protegidos. No entanto, a possibilidade de crescimento deste setor de seguros ainda é muito ampla, pois apenas 10% das apólices vigentes incluem coberturas para casos de desmoronamento e apenas 1% de alagamentos.

 

Fonte: News Rondônia