Dos produtos que tiveram maior representatividade no pagamento de indenização nos nove primeiros meses do ano, destacam-se dois ramos do Patrimonial: o condomínioo empresarial.

Entre janeiro e setembro de 2023, o mercado de seguros no Maranhão registrou um aumento nos pagamentos relativos a indenizações, benefícios, resgates e sorteios, quando comparado ao mesmo intervalo de 2022. De acordo com dados da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), o setor registrou um total de cerca de R$465,7 milhões em pagamentos, excluindo VGBL Saúde, representando um aumento de 10,6%. No mesmo período, arrecadou aproximadamente R$2,6 bilhões, alta de 13,7%, desconsiderando a Saúde Suplementar.

Dos produtos que tiveram maior representatividade no pagamento de indenização nos nove primeiros meses do ano, destacam-se dois ramos do Patrimonial: o Condomínio com alta de 174,5%R$ 3,4 milhões pagos,o Empresarial com R$ 4,9 milhões, crescendo 166%. Além disso, o Vida Produtor Rural Penhor Rural pagaram mais de R$17 milhões, com 68,2%.

O segmento de Danos Responsabilidades apontou o forte crescimento na arrecadação, com destaque para o seguro Rural (+40,4%), com R$ 197,3 milhões; o Patrimonial (+78,0%), ramo que abrange o Residencial, o Condomínio, o Empresarial os Grandes Riscos, atingiu R$ 132,5 milhões;o seguro Transportes (+26,4%), com R$ 17,6 milhões. O segmento de Coberturas de Pessoas teve crescimento de 7,2%, com R$ 1,5 bilhão arrecadado,a Capitalização, registrou uma variação positiva de 7,9%, com R$ 239,2 milhões.

A CNseg estima crescimento de 11,7% do setor segurador em 2024, levando em conta uma projeção de Produto Interno Bruto de 2,5%. Para Dyogo Oliveira, presidente da confederação, mesmo diante do desenvolvimento do setor ainda é possível aprimorar ainda mais os resultados.

“O nosso maior desafio é aumentar a cobertura de segurados no Brasil. Por isso, temos colocado atenção esforço, para fazer o benefício do seguro chegar a um número cada vez maior de pessoas”, explica.

O maior destaque para esta expansão é o segmento de Danos Responsabilidades que deve subir 16,8%, enquanto a Capitalização 13%, a Cobertura de Pessoas (seguros de Vida Planos de Previdência) 8,4%, e, para Saúde Suplementar, a projeção é de 11,9%. A entidade também estima que o setor segurador tenha uma participação de 6,2% no PIB nacional até o final do próximo ano, 0,1 p.p. a mais que o resultado observado em 2022.

A expectativa para o fechamento do ano de 2023 é que o setor atinja um faturamento de R$ 663 bilhões, registrando um avanço de 10,4% em todos os segmentos, o maior da história do setor. Esse aumento representa uma elevação de 1 p.p. em relação à projeção divulgada em setembro deste ano. Com isso, serão dois anos consecutivos de crescimento a uma taxa de dois dígitos.

Mercado Segurador em 2023

Os desembolsos referentes a indenizações, despesas assistenciais, benefícios, resgates sorteios atingiram a cifra de R$ 348,2 bilhões, 7% acima do valor devolvido à sociedade no mesmo período de 2022 (R$ 325,3 bilhões), incluindo Saúde, entre janeiro setembro de 2023, últimos dados disponíveis. Nesse intervalo de tempo, os produtos que se destacaram em termos de pagamentos foram Crédito Garantia (82,2%), Responsabilidade Civil (40,9%)os Planos Tradicionais (28,6%). Já em arrecadação, o setor totalizou 492,8 bilhões.

Nos nove primeiros meses, o setor de seguros apresentou uma arrecadação conjunta de R$ 492,8 bilhões, englobando seguros, saúde complementar, contribuições em previdência privada faturamento de capitalização, refletindo um crescimento de 10,4% em relação ao mesmo período do ano anterior (R$ 446,5 bilhões).

Somente no terceiro trimestre de 2023, o setor de Saúde Suplementar avançou 16,1%, acumulando R$ 71,2 bilhões em contraprestações, totalizando aproximadamente 83 milhões de beneficiários.

Produtos

Pelo quinto mês consecutivo, o seguro Automóvel manteve a arrecadação acima de R$ 4,5 bilhões, acumulando R$ 41,5 bilhões em nove meses apresentando crescimento de 12,5% em comparação ao mesmo período de 2022.

O seguro Garantia Estendida, por sua vez, continua em ascensão pelo terceiro mês consecutivo, movimentando uma receita de R$ 298,4 milhões somente em setembro, marcando um aumento de 8,3% em relação ao mesmo mês do ano anterior. No acumulado do ano, esse produto experimentou um aumento na demanda de 5,2%, alcançando a marca de R$ 2,6 bilhões.

Segundo análise realizada pela Confederação Nacional das Seguradoras, o desempenho do Garantia Estendida acompanha o resultado apresentado pela Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) de setembro, que revelou um aumento de 0,6% nas vendas em comparação ao mês anterior um crescimento de 3,3% em relação a setembro do ano anterior.

O seguro Rural, no acumulado do ano, teve aumento de 4,5%, atingindo a arrecadação de R$ 11,1 bilhões. Em termos de retorno aos produtores na forma de indenizações, no acumulado do ano, a comparação com os pagamentos de indenizações sofre a influência dos eventos climáticos severos ocorridos em 2022, principalmente no Sul do Brasil, onde boa parte das apólices do Rural estão localizadas. Nos primeiros nove meses do ano, foram desembolsados R$ 3,5 bilhões em indenizações, representando uma redução significativa de 63,9% em comparação com o mesmo período do ano passado. Somente em setembro, o segmento pagou expressivos R$ 332,8 milhões, registrando um aumento de 45,0% em relação a setembro de 2022.

Em setembro de 2023, a Saúde Suplementar registrou um total de 50,9 milhões de beneficiários em Planos de Assistência Médica 32,0 milhões em Planos Exclusivamente Odontológico. Comparado a setembro de 2022, observou-se um crescimento de 1,8%, com a adesão de 888,9 mil novos clientes nos planos médico-hospitalares. No segmento Exclusivamente Odontológico, o aumento foi de 7,8%, com a inclusão de 2,3 milhões de novos beneficiários.

“Esse cenário positivo mostra o dinamismo do setor que sempre busca a inovação, criando novos produtos, potencializando seus canais de distribuição, buscando se aproximar cada vez mais do cliente e, assim, criando um ambiente mais favorável ao desenvolvimento da indústria de seguros”, conclui Oliveira.

 

Fonte: Portal Imirante.com