Mulheres contam mais com o INSS quando pararem de trabalhar do que os homens 

Quatro em cada dez brasileiros (42%) contam com o INSS quando pensam em se aposentar. Porém, a maioria deles (66%) não sabe quanto irá receber mensalmente. Uma parcela menor afirma saber o quanto ganhará no futuro da Previdência Social: preveem até um salário-mínimo ou uma média de R$ 2.006,51. Os dados são da pesquisa “A percepção dos brasileiros sobre a necessidade de proteção e planejamento: O papel dos seguros e da previdência”, da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi), encomendada ao Instituto DataFolha.

Conforme o estudo, as mulheres contam mais com o INSS quando pararem de trabalhar do que os homens, que indicaram mais frequentemente que deverão se sustentar com a venda ou aluguel de imóveis; ou que terão outro bem ou negócio para se manter. Também em relação à aposentadoria, 57% dos ouvidos na pesquisa acreditam que vão cortar gastos nessa fase. Apenas para 12% a fonte de renda após parar de trabalhar será a previdência privada.

Mais da metade (56%) idealiza se aposentar até os 60 anos. Porém, quando pensam no que de fato acontecerá, acreditam que irão parar de trabalhar com mais idade do que idealizam ou mesmo que nunca se aposentarão.

Outro aspecto da pesquisa revela que 82% dos entrevistados pensam em planejar suas finanças. Desses, 58% pensam nisso sempre ou frequentemente e têm objetivos para os próximos 12 meses.

Três a cada quatro entrevistados (77%) têm metas de planejamento financeiro, sendo que 31% pensam em poupar, guardar dinheiro e economizar, enquanto 27% em trabalhar mais. A pesquisa revela ainda que 4% dos brasileiros não gostam ou não conseguem se planejar, pois vivem apenas o presente; 3% alegam falta de informação e de conhecimento para montar um planejamento; e outros 3% afirmaram que “o futuro a Deus pertence”.

DESAFIOS

Quando os entrevistados foram perguntados sobre quais seriam os desafios e obstáculos encontrados para se planejarem financeiramente, a maioria justificou não guardar dinheiro porque não consegue reduzir as despesas ou ser capaz de gerar renda extra. No entanto, chama atenção a informação de que um a cada três entrevistados (33%) disseram “sempre aparecer uma despesa não prevista”.

O estudo da Fenaprevi evidencia que quatro em cada 10 (41%) dizem que tiveram sua vida afetada financeiramente pela pandemia da covid-19. Entre as maiores preocupações reveladas, estão a de não ter como arcar com despesas médicas (24%) e desamparar a família em caso de falecimento (17%). Em contrapartida, as principais formas de diminuir os efeitos dessa situação são poupar/ investir (38%) e fazer seguro/ previdência (11%). Também com o episódio subiu para 28% o número de brasileiros que se preocupam em guardar dinheiro no pós-pandemia, sendo que há dois anos (na pesquisa de 2021) eram 23%.

 

Fonte: Rádio Guaíba – Online