Uma pesquisa inédita, desenvolvida pela FenaCap (Federação Nacional de Capitalização), mapeou novas possibilidades de expansão para o setor de Capitalização, considerando informações atuais e propostas apresentadas recentemente no PDMS (Plano de Desenvolvimento do Mercado Segurador). O estudo “Estimativa de Mercado para Capitalização” indica possibilidades para todas as seis modalidades comercializadas atualmente e apresenta propostas para que o setor possa alcançar uma arrecadação três vezes maior do que a atual, totalizando R$ 89 bilhões, por ano. A projeção apresenta ainda a possibilidade de as reservas técnicas chegarem a R$ 100 bilhões até 2026 e, entre resgates e sorteios, o valor pode ultrapassar R$ 64 bilhões.
“O desenvolvimento deste estudo é um marco de extrema relevância para o setor, pois permitirá o desenvolvimento de novos negócios para o mercado de Capitalização. Este horizonte de três anos foi definido para evidenciar quão rápido pode ser o crescimento, caso estratégias de crescimento sejam implementadas pelas empresas. O material reforça ainda pilares importantes como a inclusão social e traz insumos importantes sobre o perfil e visão dos nossos clientes, permitindo o desenvolvimento de produtos cada vez mais em linha com as necessidades atuais”, comenta Denis Morais, presidente da FenaCap. Ao todo, foram envolvidas, direta e indiretamente, mais de 100 pessoas, entre empresas associadas e instituições do setor, ao longo de mais de seis meses de trabalho.
Versatilidade para expandir o segmento
O estudo aponta diversas vertentes possíveis de crescimento além da modalidade tradicional que fomenta a disciplina de acumulação com potencial de sorteio. Na modalidade Instrumento de Garantia, segundo o estudo, a cobertura da Capitalização que pode contribuir para reduzir em 5% a inadimplência, mediante um montante adicional de R$ 10,2 bilhões em títulos. Nas licitações e contratações na esfera pública, estima-se o incremento de R$ 2,4 bilhões por ano para garantir a execução de contratos, somados aos R$ 7,5 bilhões adicionais que oferecem segurança a locadores e locatários em seus contratos de locação.
A Filantropia Premiável também ganhou destaque no estudo, considerando a entrada de novas entidades do terceiro setor que seriam beneficiadas com a doação de recursos, como organizações que promovam segurança alimentar, preservação do meio ambiente e o combate à pobreza. Com os novos entrantes, essa modalidade poderia alcançar uma arrecadação adicional de R$ 8,4 bilhões por ano, totalizando R$ 11,9 bilhões por ano, e doações da ordem de R$ 5,4 bilhões por ano, contribuindo para o benefício social e ambiental gerado por organizações do terceiro setor devidamente certificadas.
Dentre as novas possibilidades, o mercado varejista, é apresentado como estratégico para a Capitalização, pois pode crescer mais, contribuindo para a geração de emprego, renda e poupança. Segundo o estudo, cerca de 39% das compras no varejo são realizadas a prazo, seja por meio de parcelamento no cartão de crédito ou boleto. Diferentemente destas formas de aquisição, na modalidade Compra Programada, o consumidor tem acesso ao produto ou serviço após terminado o pagamento das parcelas, estimulando uma disciplina financeira maior e aportando mais garantias para o comerciante. O estudo prevê ainda um potencial de mercado de R$ 1,18 bilhão, por ano, somente no varejo. “Existem diversos mercados ainda inexplorados pela Capitalização que podem ser potencializados, conforme apontado pelo estudo, permitindo ainda mais robustez e versatilidade ao setor”, reforça o presidente.
Potencial de crescimento por modalidade:
Fonte: FenaCap