A onda de calor que varreu boa parte do Sudeste brasileiro nos últimos dias é apenas o último episódio de um histórico de eventos climáticos extremos por todo o país. Em setembro e outubro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná foram castigados por uma combinação de tempestades severas, chuvas recordes e até tornados. No verão passado, temporais deixaram um rastro de destruição, centenas de mortos e milhares de desabrigados em cinco estados brasileiros.

Tudo isso são repercussões do aquecimento global, que está alterando padrões históricos de clima em várias partes do globo. A cada ano, com novas catástrofes naturais acontecendo pelo mundo, o mercado de seguros está sendo atingido por um grau de incerteza enorme. Nos Estados Unidos, por exemplo, que em 2023 foram palco de grandes queimadas no Havaí e inundações em Vermont e Maine, só a indústria de seguros residenciais contabilizou prejuízos de US$ 24,5 bilhões no primeiro semestre deste ano, praticamente o mesmo valor das perdas de todo o ano de 2022, de acordo com a agência de rating AM Best.

As calamidades climáticas tornam mais evidente a importância dos produtos de seguridade como instrumentos de proteção, seja para empresas, seja para a população em geral, o que estimula novas contratações. Apesar de um seguro não evitar que aconteçam as catástrofes, ele traz uma reparação para os prejuízos, o que inclusive ajuda a amenizar as dores causadas, sendo um suporte para reconstruir ou recuperar aquilo que foi perdido.

No entanto, essas calamidades também aumentam os ônus das seguradoras em diversas frentes. Os ciclones ocorridos no Sul do Brasil, por exemplo, tiveram impacto nas carteiras dos produtos de Seguro Habitacional (Danos Físicos ao Imóvel), Seguro Residencial, Seguro Empresarial, Condomínio, além de outros produtos que possuam cobertura para esse tipo de evento. Tudo isso é repassado para o preço das apólices. E o encarecimento dos seguros acaba penalizando os consumidores.

Em um cenário tão desafiador, as seguradoras precisam estar cada vez mais preparadas para poderem atender a população. Nesse sentido, ganham importância os serviços de inteligência que ajudam as companhias de seguros a fazer a gestão de seus sinistros, o que acelera o atendimento e o suporte aos segurados.

Diante da crescente frequência e intensidade de eventos climáticos extremos, a eficácia na regulação de sinistros se torna crucial para a estabilidade do mercado de seguros. A rápida análise e gestão de sinistros, apoiadas por serviços de inteligência, não apenas agilizam o atendimento aos segurados, mas também permitem uma considerável economia de despesas para as seguradoras. Essa abordagem proativa não só fortalece a resiliência do setor diante de custos crescentes, mas também desempenha um papel fundamental na mitigação dos impactos financeiros para consumidores e empresas afetados pelas adversidades climáticas.

 

Fonte: Revista Apólice Online