Pesquisa Datafolha encomendada pela FenaPrevi revela maior preocupação do brasileiro com planejamento financeiro, abertura para contratação de seguro e evidencia o papel do corretor na profusão dos seguros de vida e previdência

Seguros e previdência são lembrados quando se pensa na falta de condição de fazer um enterro adequado para algum familiar e não ter como pagar um tratamento médico, como internação, medicamentos e exames. Essa é a percepção de 18% dos brasileiros entrevistados pela Pesquisa Datafolha encomendada pela FenaPrevi denominada “Percepções dos brasileiros sobre a necessidade de proteção e planejamento: o papel dos seguros e da previdência”.

O pensamento sobre a proteção securitária está atrelado ao medo. O desenvolvimento das proteções passam pela formação de educação financeira e a cultura do seguro.

Segundo a pesquisa deste ano, subiu para 28% o número de brasileiros que se preocupam em guardar dinheiro no pós-pandemia, sendo que na pesquisa anterior o percentual era de 23%.

Dos entrevistados, 26% possuem seguro funeral (proteção para morte), 18% seguro de vida, 11% seguro invalidez e 9% possuem algum plano de previdência.

Planejamento e proteção

Cerca de 23% da população não tem nenhuma meta de planejamento financeiro e atribuem isso à dificuldade financeira como falta de renda.

Ao mesmo tempo em que não pensam no futuro, a pesquisa aponta que 56% das pessoas idealizam parar de trabalhar até os 60 anos, mas apenas 30% acham que vão conseguir. “A falta de informação associado à falta de cultura do pensamento de longo prazo realmente é preocupante e temos uma grande responsabilidade de tratar esse tema”, observou Edson Franco, presidente da FenaPrevi.

Segundo Franco, a pesquisa constata que quando o entrevistador explicava o produto, o nível de interesse em contratar a proteção era muito alto. “Na medida que despertarmos o interesse das pessoas temos uma oportunidade de cobrir o gap do nosso país em relação aos nossos produtos”.

“Claramente há um espaço enorme para atuarmos, que é a educação e informação sobre seguro. A pesquisa revela isso com muita clareza”, comentou Dyogo Oliveira, presidente da CNseg.

Missão para o corretor

Segundo Paulo Alves, gerente de Pesquisa e Mercado do Instituto Datafolha, entre os entrevistados, 12% disseram ter veículo com seguro, destes, 54% informaram não ter algum tipo de seguro pessoal.

“Oito em cada dez brasileiros pensam em planejar suas finanças, mas apontam como desafios e obstáculos para se planejar financeiramente: realizar despesas de forma a sobrar dinheiro, gerar renda durante o ano e despesas não previstas”.

Ciente de que a distribuição e disseminação dos seguros de pessoas e dos planos de previdência está nas mãos dos corretores, a FenaPrevi convidou lideranças dos corretores para participar do debate.

Paulo Alves, gerente de Pesquisa e Mercado do Instituto Datafolha, apresentou o resultado do estudo

São 73 mil corretores de seguros e mais de 60 mil empresas, uma força de vendas que não pode ser deixada de lado. “Não apostar no corretor de seguros é um erro estratégico. Temos que aproximar essa força de vendas dos segmentos de vida e previdência, aproximar a Fenacor e seu ecossistema integrado por 24 sindicatos, da CNseg e da FenaPrevi para entendermos o que é necessário fazer para despertar no corretor o interesse”, destacou Armando Vergilio, presidente da Fenacor.

Como reflexo da pandemia causada pela covid-19, a pesquisa ainda aponta que a renda diminuiu para 41%; a saúde mental (preocupações, medos e crises de ansiedade) impacta 32% e a saúde física, 17%.

O presidente da CNseg ainda ressaltou que a pesquisa realizada pela FenaPrevi traz à luz fatos e hipóteses já conhecidos e defendidos pelo setor. “Ter números para mostrar ajuda muito nas nossas discussões. A repetição vai criar um histórico e poderemos fazer a evolução ao longo do tempo, que também será uma maneira de avaliar as nossas próprias ações”.

Fonte: Portal Revista Cobertura