Seminário realizado em Brasília aponta que o setor pode apoiar a criação de mecanismos que diminuam riscos de desastres em municípios brasileiros e países do Mercosul

Discutir o papel das empresas seguras como ponte de apoio às cidades brasileiras e da região do Mercosul, é uma forma de reduzir riscos e implementar políticas públicas que garantam o acesso a recursos, além de prevenir perdas, em relação a acidentes climáticos.

Esse foi o tema do seminário “O papel do setor de seguros no enfrentamento à emergência climática – tendências, riscos e oportunidades”, realizado de forma inédita pela Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (CNseg ) em parceria com o Ministério de Meio Ambiente e Mudança Climática em Brasília, no dia 19 de outubro.

Para a diretora Sustentabilidade da CNseg, a chave é compartilhar conhecimento

A diretora de Sustentabilidade da CNseg, Ana Paula de Almeida Santos, ressaltou, durante o evento, que o ineditismo das discussões sobre o tema deve gerar mais oportunidades de negócios em face de uma crise climática.

“As garantias e demais atores públicos e a sociedade civil, ao dividir conhecimentos técnicos e análise para modelagens de risco poderão auxiliar a sociedade na construção de políticas públicas e agendas de aprimoramento para enfrentar os problemas trazidos por eventos climáticos extremos”.

Segundo o diretor de política climática do MMA, o diálogo entre diferentes esferas é fundamental

Um dos temas que fomentaram a idealização do encontro foi o importante papel do Brasil para o enfrentamento das mudanças climáticas, principalmente direcionado à atuação do país na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30).

A COP 30 é uma reunião global onde líderes de diferentes países discutem como enfrentar as mudanças climáticas e tentam encontrar soluções para reduzir a poluição e proteger o planeta. A próxima edição, que será em Belém do Pará, acontecerá em novembro de 2025.

O diretor de política climática do MMA, Aloísio Melo, entende que o diálogo interfederativo é fundamental e o para preencher lacunas de serviços e fomentar oportunidades para agir nas adversidades ambientais.

Ou seja, é fundamental a colaboração e cooperação entre diferentes esferas de governo, como o governo federal, estadual e municipal.

Melo destaca que as garantias e outros espaços, também dentro do governo, devem conversar e estruturar, junto com membros de outros países do Mercosul, no auxílio de um compromisso regional e global para adaptar atividades que possam validar políticas públicas para o tema.

De acordo com o coordenador-geral de supervisão de seguros da Susep, a palavra principal é resiliência.

Segundo o coordenador-geral de supervisão de seguros da Superintendência de Seguros Privados (SUSEP), Paulo Miller, o setor é um grande ator para o combate às adversidades climáticas.

Para ele, a palavra principal e objetivo da segurança é a resiliência, a capacidade de superar obstáculos.

“O setor é um indutor de boas práticas, zelando para que todos os envolvidos possam reduzir eventuais eventos climáticos podem auxiliar o poder público e os gestores públicos, principalmente, que durante acidentes climáticos têm dificuldades financeiras e podendo criar mecanismos para minimizar prejuízos”.

Brasil, Argentina e Uruguai: o importante é o diálogo

Integrantes dos governos do Brasil, Argentina e Uruguai também enfatizaram a iniciativa de incluir esse debate na agenda regional, e dessa forma, dialogar para criação de formatos que possam influenciar nas políticas públicas para redução de riscos diante de desastres ambientais.

As equipes dos ministérios do meio ambiente dos três países sintetizaram, no âmbito de eventuais acidentes climáticos, a importância de dialogar com especialistas do setor de seguros na elaboração de mecanismos e ferramentas de segurança social e financeira, que sobretudo podem auxiliar pessoas e empresas de localidades de maior risco ambiental.

Fonte: Seguro Catarinense