De acordo com informações da FenSeg, a carteira arrecadou R$ 2,3 bilhões em prêmios nos primeiros seis meses de 2023
É fato que o brasileiro está mais atento quando o assunto é proteção à sua casa. Segundo a FenSeg (Federação Nacional de Seguros Gerais), no primeiro semestre deste ano o seguro residencial arrecadou R$ 2,3 bilhões em prêmios, valor 13% maior quando comparado ao mesmo período em 2022. Entre janeiro e junho de 2023, foram pagos R$ 679 milhões em indenizações.
As principais coberturas do produto, que são também as mais contratadas, são incêndio, danos elétricos, vendaval, roubo e responsabilidade civil. Além disso, existem os serviços de assistência que garantem socorro em emergências domésticas e serviços do dia a dia.
“O interesse das pessoas em proteger as suas residências aumentou após muitas delas transformarem seu lar em um espaço também de trabalho. Este cenário começou a ser desenhado na fase mais crítica do isolamento social e deve seguir, considerando que boa parte das empresas adotou o modelo de trabalho híbrido. Ao permanecer mais tempo em casa, as pessoas consequentemente usam mais a infraestrutura do imóvel”, afirma David Beatham, diretor executivo de Automóvel, Massificados e Vida da Allianz Seguros.
De acordo com Beatham, entre janeiro e junho deste ano a Allianz Seguros alcançou um Prêmio Emitido Líquido (faturamento) de R$ 96 milhões no seguro residencial, 16,4% a mais do que o registrado nos seis primeiros meses de 2022. “Este crescimento está atrelado à expansão da cultura de contratação para este tipo de seguro, como também à constante melhoria que a empresa vem fazendo em seus produtos, processos e modelo de precificação, a exemplo da criação de um novo pacote de assistência “Completo” e a mudança nos pacotes do produto”.
Segundo Nicolas Ferrara, gerente de produto da Youse, no que diz respeito às coberturas do seguro residencial da insurtech, incêndio, queda de raio e explosão são obrigatórias e estão presentes em todas as apólices. “Nossos dados revelam que, entre as coberturas não obrigatórias, o item de maior destaque é o de danos elétricos, presente em 60,3% das apólices analisadas. Em seguida, aparecem danos a terceiros (57,6%) e furto, extorsão e roubo de bens (56,1%)”, afirma o executivo.
“Frequentemente realizamos estudos sobre o produto e a experiência dos nossos clientes com o seguro residencial. Com as informações, desenvolvemos uma apólice que ofereça a melhor jornada ao segurado. Possibilitarmos que ele escolha onde e como quer fazer a contratação e gestão de sua apólice, seja via aplicativo, web ou pelo nosso time de atendimento. O seguro residencial pode ser uma ótima oferta para o corretor incrementar sua carteira de ofertas para os consumidores”, reforça Ferrara.
Apesar do crescimento do seguro residencial, de acordo com a FenSeg apenas 17% das residências do Brasil contam com uma apólice que oferece proteção para incêndio, danos elétricos, vendaval, roubo e responsabilidade civil. Isso representa 12,7 milhões de moradias com seguro. Para Andréa Nogueira Soares, superintendente de Seguros Gerais Massificados da Mapfre, para que a maior parte dos imóveis no País contem com um seguro é preciso que as seguradoras olhem cada vez mais para as necessidades dos clientes finais, atuando em melhorias e inovações para agregar cada vez mais valor ao seguro, oferecendo benefícios e provocando o interesse dos proprietários e inquilinos.
“Precisamos mostrar para a população que o custo médio de um seguro residencial é baixo quando comparado ao valor do imóvel, diferentemente do automóvel, o que compensa a sua contratação quando pensamos na proteção do patrimônio. A tendência é que as pessoas tenham cada vez mais conhecimento dos benefícios do seguro residencial e do seu custo, além do valor agregado que as assistências trazem ao produto, e assim, tenhamos, anos após ano, um aumento nas contratações desse produto”, reforça Andréa.
Fonte: Revista Apolice