O satélite ViaSat-3 Americas, de cerca de US$1 bilhão, sofreu um problema inesperado ao colocar sua antena em órbita. Diante do ocorrido e com o risco da Viasat declarar perda total, executivos da indústria estimam que a indenização atingiria um valor de US$420 milhões e, o que por sua vez, tornaria mais difícil e mais caro para outros operadores de satélite obterem seguro. Com informações do Valor Econômico.

Segundo a matéria do Valor Econômico, a Viasat relatou que seu satélite Inmarsat-6 F2, lançado em fevereiro, sofreu um problema de energia. A falha pode encerrar a vida útil da nave e resultar em uma indenização de US$350 milhões. Os problemas da Viasat em órbita ocorrem alguns anos depois de grandes seguradoras como American International Group Inc. e Allianz SE terem fechado seus portfólios espaciais. Isso deixou um grupo menor de fornecedores para absorver os riscos no mercado notoriamente arriscado.

Os princípios básicos do seguro satélite funcionam mais ou menos como um seguro patrimonial. Operadores de satélite como a Viasat normalmente pagarão prêmios pela cobertura do primeiro ano do veículo em órbita, com opção de renovação, bem como potencial para uma falha catastrófica na plataforma de lançamento.

Para satélites menores, as operadoras podem potencialmente obter cobertura de uma seguradora. No entanto, quando os satélites atingem centenas de milhões de dólares, os operadores normalmente têm de recorrer a um punhado de seguradoras para obter cobertura total. Atualmente, existem cerca de 20 a 30 participantes no seguro de satélite.

A matéria do Valor Econômico também mostrou que com tantas seguradoras sujeitas a este pagamento maciço, os prêmios do seguro de satélite deverão aumentar nos próximos meses, elevando os custos para os operadores de satélite. Essa sacudida no mercado deverá diminuir com o tempo, mas também ocorrerá num momento em que as seguradoras deixaram um mercado conhecido pela alta volatilidade e pelas perdas de alto risco.

Fonte: CQCS