A versão digital do real, batizado de Drex, foi apresentada pelo Banco Central, na última segunda-feira (7). A expectativa é que, até o fim de 2024, a moeda digital esteja liberada para o público. O primo do Pix, encontra-se em fase de teste, mas poderá ser usado em atividades financeiras, como empréstimos, investimentos e seguros. Em entrevista ao CQCS, Thomaz Kastrup, sócio da Machado Meyer Advogados, acredita que o Drex é uma ferramenta com potencial de ampliar o acesso aos produtos de seguros. 

“O Drex possui uma aplicabilidade ainda maior quando comparado ao Pix, e pode ser utilizado para realizar transações cujos valores envolvidos sejam superiores aos limites estabelecidos pelas instituições financeiras. Além disso, o Drex permite a realização de transações e aplicações que atualmente estão restritas ao horário do expediente bancário, permitindo o acesso a produtos financeiros em uma base 24/7”, explica Thomaz.

Com isso, segundo o advogado, a versão digital do real é uma ferramenta com potencial de ampliar o acesso aos produtos de seguros, já que irá otimizar os processos de liquidação das operações financeiras, preservando sua confiabilidade. “Agora será possível contratar um produto de seguro ou receber o pagamento de uma indenização a qualquer hora do dia ou da noite com a devida segurança e possibilidade de comprovação imediata”, afirmou. 

Thomaz também explicou que quando aliado à execução de contratos inteligentes – smart contracts, o Drex permitirá no futuro mais automaticidade em processos de reclamação de sinistro, bem como, em operações de seguro garantia, na execução de contragarantias first-demand. “Em tese, o Drex facilita a vida de todos os stakeholders da indústria de seguros: do segurado à seguradora, bem como de todos os intermediários, inclusive os corretores de seguro”, finalizou.

Fonte: CQCS