Os Corretores de Seguros terão papel importante para a introdução do seguro de vida universal no mercado brasileiro. A avaliação é do membro da Comissão de Produtos de Risco da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (FenaPrevi), Dennys Rosini, que prevê o lançamento das primeiras apólices em 2024. Segundo ele, esse produto apresenta diversas possibilidades e será mais flexível que o seguro tradicional, o que deixa clara a relevância do papel do Corretor na sua comercialização. “As seguradoras darão apoio, treinamento e capacitação para que os Corretores possam explicar em detalhes as nuances do seguro universal à população brasileira”, assegura o executivo, em entrevista para a Revista de Seguros, da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg).

O seguro de vida universal é considerado o principal produto do mercado norte-americano e sua chegada ao Brasil é estudada já há alguns anos, mas enfrenta alguns obstáculos, principalmente no aspecto tributário. Está em vigor, inclusive, a Resolução 344/16 do CNSP, que estabelece regras gerais para estruturação e comercialização do produto. Contudo, é preciso ainda aguardar uma norma específica da Susep para viabilizar a venda desse seguro.

Nesse sentido, Rosini revela que é aguardada para este ano ainda a publicação de circular da Susep regulamentando a matéria. “Estamos ratificando entendimentos do aspecto tributário com a Receita para lançar o produto. Aguardamos a Susep colocar em consulta pública a minuta da circular, na qual estamos trabalhando em conjunto”, revela.

O produto alia características dos seguros de vida e de formação de poupança, o que o torna bastante atrativo para diferentes camadas da população. Além disso, a cobertura não precisa ser cancelada caso o segurado precise interromper o pagamento do prêmio por um período. “O produto prevê a utilização do fundo de reserva para quitar os prêmios obrigatórios e, assim, manter a proteção do cliente ativa. Isso tem importância social relevante”, explica Rosini.

O produto foi lançado nos Estados Unidos há 30 anos e cresceu rapidamente. A expectativa é que ocorra o mesmo no Brasil.

Fonte: CQCS