O Ministério da Fazenda anunciou sua agenda de reformas microeconômicas em reunião nesta quinta-feira (20), no Rio de Janeiro. O pacote tem como prioridades os mercados de capitais e seguros.

Entre os participantes da reunião estavam o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o secretário de Reformas Econômicas, Marcos Pinto. Também compareceram representantes de entidades e associações.

O pacote traz 17 propostas que serão discutidas com órgãos e entidades nos próximos meses. Conforme maturarem, as discussões serão transformadas em políticas públicas e enviados para análise do Congresso, explicou Marcos Pinto.

“A gente não vai ganhar o jogo do crescimento econômico só tratando de assuntos macroeconômicos. O macro é um pressuposto para voltar a crescer, mas precisamos encarar outros desafios: a produtividade está praticamente estagnada desde a década de 90”, disse o secretário.

“E para atacar esse desafio de produtividade, a gente precisa endereçar uma série de pequenos problemas da economia brasileira, fazer uma série de pequenas reformas para destravar esse crescimento”, completou.

As propostas são divididas em “eixos”; entre eles mercado de crédito, capitais e temas tributários.

Marcos Pinto explicou que parte das medidas tem como objetivo incentivar que os mercados de seguros e previdência, bem como o de capitais tenham mais condições de concorrer com as instituições financeiras no mercado de crédito.

Segundo o secretário, nos países desenvolvidos, os mercados de seguros apresentam “oportunidades” mais robustas e são mais representativos como fonte de recursos para investimentos produtivos. A ideia seria aproximar o Brasil deste modelo.

Ainda de acordo com Pinto, as medidas voltadas ao mercado de capitais tem como objetivo levar mais empresa a este ambiente – auxiliando esses atores a terem o acesso ao crédito.

O ministro Haddad se disse “muito animado” com a agenda de reformas microeconômicas. Ele considera tais ajustes “pontuais” e acredita que esse pacote é essencial para o Brasil “chegar à frente” dos demais países.

Os 17 temas que serão debatidos na sequência são:

Temas Tributários

  1. Desenvolvimento de Produtos Financeiros;
  2. Hedge no exterior;
  3. Realização de um Cadastro de Investidor Estrangeiro.

Seguros e Previdência

  1. Investimentos das Entidades de Previdência Complementar;
  2. Desenvolvimento do Mercado de anuidades;
  3. Seguro Garantia em Licitações;
  4. Seguro Rural;
  5. Regulamentação do PL 2.250/2023, que amplia garantias de operações de crédito.

Mercado de Capitais

  1. CNPJ Específico por Patrimônio de Afetação;
  2. Redução de Entraves para Emissão de Dívidas Privadas;
  3. Instrumentos Financeiros ASG (investimentos que consideram fatores ambientais, sociais e de governança na aplicação).

Mercado de Crédito

  1. LIG (letras imobiliárias garantidas) no Exterior;
  2. Identidade Digital e Combate a Fraudes;
  3. Recuperação de Crédito;
  4. Consignado Privado;
  5. Modernização de Instrumentos de Crédito;
  6. Negócio Fiduciário.Este conteúdo foi originalmente publicado em Com foco em mercados de capitais e seguros, Fazenda anuncia reformas microeconômicas no site CNN Brasil.

    Fonte: CNseg