A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) decidiu na tarde de ontem que os planos de saúde devem cobrir os testes rápidos para detecção de antígeno do coronavírus a todos os beneficiários. A inclusão da testagem no rol de procedimentos obrigatórios foi aprovada por unanimidade durante reunião extraordinária e virtual entre a diretoria colegiada do órgão.

O teste passa a ser disponibilizado para todos os pacientes que apresentem sintomas de síndrome gripal ou síndrome respiratória aguda grave, desde que entre o primeiro e o sétimo dias do início dos sintomas.

A janela, segundo os diretores da ANS, teria uma “melhor resposta no diagnóstico”.

Os planos de saúde não serão obrigados a pagar pelo teste quando o paciente tiver resultado positivo para o coronavírus em teste há até 30 dias ou tiver contactado alguma pessoa infectada, mas esteja assintomático.

Crianças com menos de dois anos de idade também não serão incluídas na cobertura dos planos, assim como aqueles que desejam saber o diagnóstico para volta ao trabalho ou suspensão do período de isolamento.

“O covid nos traz restrições e impactos sobre toda a população, tanto no individual quanto no coletivo. A pandemia nos impõe algumas situações e reflexões.

Mas, mais do que refletir, nós fomos instados a agir”, disse Paulo Rebello, presidente da ANS, durante a reunião.

RECORDE DE CASOS. O Brasil registrou 349 novas mortes pela covid-19 ontem. A média semanal de vítimas, que elimina distorções entre dias úteis e fim de semana, ficou em 215, mantendo a tendência de crescimento pelo nono dia consecutivo e superando o patamar de 200 pela primeira vez desde o início de dezembro.

O número de novas infecções pelo coronavírus notificadas foi de 205.310, o maior registro em 24 horas desde o início da pandemia, substituindo o recorde alcançado na véspera, quando mais de 132 mil pessoas foram diagnosticadas com covid-19.

Com isso, a média diária de testes positivos é de 100.322, também a maior até então, representando um aumento de 487% em relação à de duas semanas atrás.

No total, o Brasil tem 621.927 mortos e 23.420.861 casos da doença.

Fonte: O Estado de São Paulo