A crise econômica e a alta no desemprego têm sido os principais motivos citados pelos especialistas em segurança para justificar o aumento de roubo e furto em residências. Já os acidentes em residências tem os eventos da natureza, com chuvas e ventos, e também incêndio por explosão de botijões de gás, entre os motivos mais corriqueiros que trazem prejuízo aos proprietários de imóveis.

O conselho é evitar gerar situações de vulnerabilidades, como não dar “sopa” na porta de casa, e investir na manutenção dos equipamentos como botijões de gás nesse momento de crise aguda. Segundo a Secretaria de Segurança Pública, é importante observar os locais onde se circula, se há outras pessoas. Evitar áreas que potencializem situações de crime.

Esse cenário de risco tem estimulado a compra de seguro residencial. Nos últimos anos, as seguradoras mudaram os produtos, tornando os contratos mais simples, com coberturas mais próximas da realidade de risco dos consumidores. Além, é claro, de conseguirem, com a ajuda da tecnologia, ofertar produtos e serviços aos consumidores com custos mais acessíveis. Isso facilitou a vida dos corretores de seguros, que têm em mãos um produto com mais apelo de venda. O resultado desse empenho se mostra no crescimento das vendas e a proteção das famílias, que conseguem manter a casa de pé mesmo diante de imprevistos.

Dados da Federação Nacional de Seguros Gerais (Fenseg) revelam que o Índice de Penetração do seguro residencial passou de 13,3% em 2015, para 14,5% em 2016. Esse aumento representou um incremento em torno de 800 mil novas apólices do produto. De acordo com o estudo, no ano passado foram comercializadas 9,9 milhões de apólices, enquanto que no período anterior foram 9,1 milhões. O total de domicílios, nos dois períodos, permaneceu em 68 milhões de unidades.

O total arrecadado com o seguro residencial, em 2016, chegou a R$ 2,4 bilhões e a região Sudeste foi a que apresentou maior participação no período, com 61,3% e prêmio total de R$ 1,5 bilhão. De acordo com o levantamento, a região possui 30 milhões de domicílios e desse total, 6,1 milhões estão cobertos pelo seguro residencial, o que resulta num Índice de Penetração Regional de 20,5%.

A segunda região com maior participação na comercialização do seguro residencial foi o Sul do país, com 22,8% e prêmio total de R$ 568 milhões. Esse resultado representou um incremento de 4,1 pontos percentuais em relação ao ano anterior, com os prêmios aumentando de R$ 426 milhões em 2015, para R$ 568 milhões em 2016. O valor dos prêmios médios, na comparação com 2015, também aumentou em todo o país, passando de R$ 250,00 para R$ 325,00.

Os seis estados que apresentaram as maiores arrecadações em 2016 foram, por ordem decrescente, São Paulo (R$ 1 bilhão), Rio de Janeiro (R$ 300 milhões), Rio Grande do Sul (R$ 250 milhões), Paraná (R$ 191 milhões), Minas Gerais (R$ 168 milhões) e Santa Catarina (R$ 126 milhões). Somente Rio de Janeiro e São Paulo representaram 53,79% do total de prêmios arrecadados e a região Sudeste teve uma participação de 84,27% no total geral.

Fonte: Sonho Seguro