Com a violência aumentando e com o trânsito cada vez mais caótico, tirar o carro da garagem sem seguro se tornou um ato de coragem. Os dois problemas aliados também à crise econômica acendem o sinal de atenção para os proprietários de veículos, haja vista a necessidade de acertar na contratação do seguro adequado. Os fatores que determinam o preço da apólice são inúmeros, entre eles o índice de roubo e furto do modelo escolhido.
Segundo dados da Superintendência de Seguros Privados (Susep), baseados no número de veículos segurados no País, no primeiro semestre de 2016, foram roubados ou furtados pouco mais de 118 mil veículos. O modelo que mais deu prejuízo devido a esse tipo de crime foi o Chevrolet Celta, com 6.055 ocorrências, seguido do Volkswagen Gol e do Fiat Palio, com 4.514 e 4.127, respectivamente. O Celta lidera essa estatística também em Pernambuco, com a marca de 239 unidades roubadas ou furtadas, seguido por Pálio (191) e Gol (168). “Carros populares são mais roubados porque tem muita procura por peças, por exemplo, o Pálio, que há muitos desse modelo nas ruas. Então o criminoso sabe que, se ele for roubar um carro de luxo, não vai ter tanta facilidade para vender as peças, porque são poucas pessoas que têm carros desse tipo e que compram peças roubadas”, afirmou o delegado titular da Delegacia de Roubos e Furtos de Veículos, Diego Acioli.
Além das ocorrências policiais, também contribuem para o preço da apólice as características do veículo e do condutor principal, como idade, estado civil, se há garagem e a quilometragem percorrida diariamente. “O cálculo envolve diversas variáveis, e cada seguradora possui sua própria estratégia de precificação. Por isso, é importante a pesquisa do seguro em diversas seguradoras para fechar o melhor negócio de acordo com suas necessidades e perfil”, afirma a coordenadora de marketing da Bidu Corretora de Seguros, Marcella Ewerton. “Alguns dos fatores que influenciam o valor é o sexo, idade e tempo de habilitação do condutor, modelo do carro, local onde o veículo passa a noite, quilometragem rodada por dia, existência de condutores adicionais e CEPs da residência e do trabalho do motorista“, reforça.
Marcella explica ainda que há uma redução no preço quando a contratante é uma mulher. Isso porque as estatísticas apontam que elas apresentam um risco de sinistro menor que os homens. No entanto, ela ressalta que nem sempre o valor é mais baixo para as mulheres, porque tudo depende do cruzamento das variáveis. Em uma simulação feita pela Bidu Corretora, com uma mulher de 40 anos, divorciada e sem filhos, e um homem com a mesma idade e no mesmo estado civil, a diferença chega a ser de R$ 430,48 a depender do valor da franquia.
Fonte: Folha de Pernambuco