As pequenas e médias empresas no Brasil vêm ganhando destaque nos últimos anos. Estamos falando de quase 8 milhões de negócios, que resultam em uma participação de 27% no PIB nacional. Alguns setores do comércio, como o de pet, por exemplo, teve avanço mais representativo: apenas em 2013, chegou a faturar R$ 15,2 bilhões.

Mas, será que o mercado de seguros está equilibrado para atender a demanda? Atualmente, nem todas as companhias comercializam produtos com coberturas específicas para ramos distintos o que, talvez, possa explicar a baixa procura por parte dos empresários.

Para o gerente de Ramos Elementares da Porto Seguro, Jarbas Medeiros, é preciso mostrar ao empresariado a necessidade de garantir os investimentos feitos para abrir e manter o empreendimento, através de um seguro que proteja seu patrimônio. “É preciso levá-lo a perceber que os riscos existem e que é fundamental estar prevenido contra eles. O canal é o corretor de seguros, que é um dos principais promotores da cultura do seguro, mostrando aos seus clientes a importância de proteger a sua empresa, independente do porte”, completa.

Segundo a superintendente de Produtos e Ramos Elementares da SulAmérica, Érika Médici, o segmento em forte expansão pode ser uma grande oportunidade para o corretor de seguros investir em outros ramos, ampliando sua carteira. “Quando se trata de um segmento em expansão, que ainda não conhece a importância do seguro, é preciso orientação e saber os produtos que estão disponíveis para o seu nicho. E o corretor de seguros é o melhor canal para isso.”

O corretor que tem interesse em comercializar esses produtos deve começar a prestar atenção no próprio bairro e se atentar em quantos pet shops, salões de cabeleireiros, escolas, lojas de roupa e academias existem no seu bairro. Personalizar a apólice para os clientes diferenciados também pode ser interessante. “O corretor pode ter grandes oportunidades trabalhando com esse nicho, segmentando o produto ao cliente e oferecendo coberturas para que o empresário se enxergue naquele produto”, defende Érika.

A superintendente ainda defende que é preciso orientar, criando consciência da importância do seguro. “Quando você fala de uma grande empresa, os clientes já conhecem os produtos disponíveis, como saúde e vida, mas quando se trata de pequenos negócios, de empresários que acabaram de iniciar no segmento, há certo falta de informação a respeito do que o mercado de seguros pode trazer para agregar e proteger.”

Oportunidades diferenciadas

Atualmente, os produtos que estão no mercado contam com coberturas básicas, como incêndio, danos elétricos e explosão. Já as coberturas adicionais são específicas, por exemplo, o seguro para farmácias, que cobre danos materiais causados às mercadorias em ambientes refrigerados.

A cobertura de responsabilidade civil também pode ser contratada e possui as especificações de acordo com a atividade da empresa. Ela garante as despesas médico-hospitalares e de danos materiais que sejam necessários, mediante comprovação da responsabilidade do segurado e desde que esteja prevista no contrato de seguro. No entanto, os executivos alertam que para certos nichos, como por exemplo, o de pet shops, a cobertura é imprescindível devido ao cuidado que se deve ter com o bicho de estimação dos clientes.

Os executivos defendem que para desenvolver produtos personalizados é preciso maior estudo e conhecimento sobre as necessidades das diferentes atividades empresariais. “As seguradoras devem desenvolver produtos com os quais as empresas se identifiquem, reconhecendo neles a solução que buscam para a garantia de seus negócios. Como a exigência do cliente está cada vez maior, a oferta precisa ser personalizada, a partir de maior estudo e conhecimento das necessidades das diferentes atividades empresariais”, pontua Jarbas.

Fonte: Sincor-SP