A perspectiva de um crescimento econômico aquém do potencial em 2014 afetou o otimismo do mercado segurador. Tanto que o Índice de Confiança e Expectativas das Seguradoras (ICES), em dezembro, recuou 2,6% sobre o mês imediatamente anterior, marcando 102,0. “O principal motivo para esse valor foi a deterioração nas expectativas futuras das seguradoras em relação à evolução da economia brasileira”, explica Francisco Galiza, economista responsável pela avaliação realizada em parceria com a Revista Cobertura.

Para 56% dos profissionais, o crescimento da economia nos próximos seis meses será igual; 34% acreditam que irá piorar e 10% na melhora. Em novembro do ano passado, os executivos apontaram para 61%, 30% e 9% respectivamente.

Já quanto à rentabilidade das seguradoras, 60% dos entrevistados disseram que será melhor, no mês anterior eram 63%; 21% apontaram a melhora em comparação aos 23% registrados anteriormente, e 19% avaliaram como pior, em novembro eram 14%.

A perspectiva de faturamento das seguradoras será igual para 41% dos executivos, melhor para 40% e pior para 19%. No mês anterior, a proporção era de 50%, 39% e 11%.

No ramo Automóvel, 71% afirmaram acreditar que será melhor e 29% igual. Segundo Galiza, ao analisar o ramo auto e comparar as perspectivas para 2014 com os resultados de 2013, a tendência inicial é que a taxa de crescimento não se altere.

O ICES é elaborado mensalmente e, para tanto, os seguradores respondem a cerca de quatro perguntas de múltipla escolha e de ordem qualitativa sobre o crescimento da economia, a rentabilidade e o faturamento das seguradoras para os próximos seis meses. As respostas são sigilosas e os indicadores são transformados em números, que variam entre zero e 200, justamente para o 100 ser a média.

Fonte: CNseg