O mercado de seguros no Brasil começa a dar sinais de aquecimento, tendência que deve se prolongar ao longo de 2017, disse o presidente Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (CNSeg), Marcio Coriolano.

Segundo ele, além dos produtos de acumulação, como de previdência complementar (PGBL, VGBL), segmentos como prestamista, automotivo e habitacional estão ganhando tração desde o final de março.

“Alguns ramos ainda estão se destacando bastante, como os de previdência e seguro de vida individual”, disse Coriolano à Reuters. “Mas há sinais neste segundo trimestre de que o crescimento vai ser menos desigual ao longo do ano”.

Segundo dados da Superintendência de Seguros Privados (Susep), a arrecadação bruta de prêmios por essa indústria no primeiro trimestre somou 59,1 bilhões de reais, alta nominal de 13,9 por cento sobre mesma etapa do ano passado.

Isoladamente, no entanto, a cobertura de pessoas (que incluem seguros de vida e de previdência) teve alta de 24,8 por cento, enquanto os ramos elementares (imobiliário, automotivo, entre outros) e de capitalização ficaram estáveis.

Em relatório divulgado na segunda-feira, a agência de classificação de risco de crédito Moody’s previu que o setor de seguros no Brasil deve continuar crescendo neste ano, sustentado por incentivos fiscais para produtos como de previdência e crescente demanda decorrente do envelhecimento da população, apesar das condições desfavoráveis da economia.

Fonte: Reuters