O Instituto Sprinkler Brasil (ISB) constatou que o número de incêndios monitorados pela empresa ou divulgados pela imprensa teve avanço significativo em 2015 em três estados do Nordeste. Alagoas, Maranhão e Rio Grande Norte tiveram alta entre 76% e 162% na comparação com os dados de 2014.

De acordo com o levantamento do ISB, foram noticiados 1.349 incêndios em todo o Brasil no ano passado, contra 1.275 ocorrências registradas em 2014, aumento de 5,8%. Se comparado aos dados de 2012, ano que teve início a série histórica de monitoramento, houve aumento de 41% nos registros.

Apesar do monitoramento diário das notícias de incêndio, os dados apurados pelo ISB servem como uma pequena amostragem da realidade, já que as informações oficiais, de posse dos Corpos de Bombeiro estaduais não são divulgadas no Brasil. “Acreditamos que esses incêndios representem cerca de 3% do que acontece de fato”, afirma o diretor geral do ISB, Marcelo Lima.

Os estados que mais tiveram aumento nos registros de incêndio reportados pela mídia, em 2015, foram Maranhão, com 162%; Rio Grande do Norte, com 87%; e Alagoas, com 76%. Os Estados de Pernambuco (25%), Paraná (16%) e Rio Grande do Sul (11,8%) também apresentaram crescimento. Apesar de serem os Estados com maior número de ocorrências, São Paulo e Rio de Janeiro ficaram praticamente estáveis em 2015.

A pesquisa mostra que o maior número de ocorrências de incêndio em 2015 ocorreu em edifícios comerciais (28% em lojas, shopping centers e supermercados), seguido por indústrias (17%) e imediatamente pelos sinistros em depósitos (14%). Outro percentual bastante expressivo vem dos chamados locais de reunião de público (igrejas, teatros, aeroportos, clubes, estádios, casas noturnas, escolas de samba, restaurantes e bibliotecas), com expansão de 13% do número total de incidentes no ano passado.

Metodologia. A pesquisa considera os incêndios que ocorreram em diversos tipos de construções, como instalações industriais e comerciais, depósitos, bibliotecas, escolas, hospitais e hotéis, excluindo os incidentes em residências e em áreas rurais, que são reportados diariamente pela imprensa brasileira.

Fonte: FenSeg