A Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (FenaPrevi) promove de 6 a 9 de fevereiro o VII Encontro Nacional FenaPrevi. O tradicional encontro, que acontece na Praia do Forte, na Bahia, reunirá executivos e especialistas para debater tendências e perspectivas para os mercados de seguros de pessoas e previdência complementar aberta. Políticos, como o governador Jaques Wagner, da Bahia, autoridades do governo federal, como Marcio Holland, secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, e economistas também participarão dos debates.

A pauta de discussão incluirá, entre outros tópicos, o resultado da pesquisa da IPSOS sobre seguros de pessoas e previdência complementar aberta; e o cenário internacional dos seguros de pessoas e de previdência. O quadro macroeconômico também será avaliado, além das ações do governo que impactam direta ou indiretamente sobre a atividade.

De janeiro a novembro de 2013, a arrecadação da previdência aberta registrou alta de 5,37% em relação o mesmo período do ano passado, com um total de R$ 65,2 bilhões. Já no ramo de seguro de vida, no acumulado de 2013 até novembro, o mercado de seguros de pessoas arrecadou R$ 23,5 bilhões em prêmios, 17,96% acima do que o obtido em mesmo período de 2012.

Um dos grandes desafios do Brasil é lidar com o envelhecimento da população. A população de idosos no Brasil será multiplicada por quatro até 2050, segundo o livro “Melhores Aposentadorias, Melhores Trabalhos: Em Direção à Cobertura Universal na América Latina e no Caribe”, editado pela Unidade de Mercado de Trabalho e Seguridade Social do Banco Interamericano do Desenvolvimento (BID).

Durante o lançamento do estudo, realizado no último dia 29, o ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves Filho, afirmou que manter a sustentabilidade do sistema previdenciário e, ao mesmo tempo, garantir a inclusão social da população nos benefícios previdenciários são as principais preocupações do Brasil diante do envelhecimento da população. As estimativas apontam que, até 2050, a população com mais de 65 anos no país passará de 13 milhões para 51 milhões. Hoje, para cada aposentado, existem 10 trabalhadores potenciais. Em 2050, a proporção diminuirá para um aposentado para cada três trabalhadores potenciais. Ou seja, 40% não terão uma aposentadoria contributiva e dependerão do estado ou de suas famílias.

O estudo lista dez itens relevantes sobre a aposentadoria no Brasil:

– Três em cada dez pessoas com mais de 65 anos não têm aposentadoria
– A maioria dos aposentados recebe US$ 20 ou menos por dia
– 40% dos trabalhadores não contribuem para a Previdência Social
– Em 2050, quadruplicará o número de pessoas com 65 anos ou mais
– Hoje, para cada aposentado existem dez trabalhadores potenciais. Em 2050, essa proporção cairá para um aposentado para cada três trabalhadores potenciais
– 25% dos trabalhadores da classe média são informais
– Menos de três em cada dez trabalhadores autônomos estão poupando para a aposentadoria
– Em 2050 somente sete em cada dez adultos em idade de se aposentar terão economizado para tal fim
– No mínimo 15 e no máximo 22 milhões de pessoas não terão economizado para a aposentadoria em 2050
– Apenas três em cada 20 trabalhadores de baixa renda poupam para a aposentadoria

Fonte: CNseg